Para impedir passagem de deputados, agora são professores que cercam ruas

Quarta, 29 Abril 2015 14:19

Para impedir passagem de deputados, agora são professores que cercam ruas

A fim de driblar o cerco do policiais militares e tentar garantir que o projeto de lei que altera o Regime Próprio da Previdência Social do Estado não seja votado,os manifestantes mudaram de estratégia.

Há manifestantes bloqueando a passagem de pessoas e carros em todo as ruas que dão acesso a entrada da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A ideia do comando de greve é impedir a entrada dos deputados estaduais à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e, com isso, adiar a votação por falta de quórum.

Para este terceiro dia de protestos, são esperados cerca de 20 mil professores, vindo de vários núcleos sindicais do interior, para ocupar nesta quarta-feira, 29, a Praça Nossa Senhora de Salete. Os professores da rede estadual de ensino seguiram pela Rua Barão do Cerro Azul, em direção ao Centro Cívico, onde há cerca de 1000 policiais militares fazendoo cerco a região. Os professores entraram a em greve contra as mudanças do sistema do Fundo Previdenciário do Paraná Previdência.

Hoje pela mannhã, um caminhão da cavalaria da Polícia Militar, sem os cavalos, reforçou o cerco feito pela tropa de choque da Polícia Militar ao Centro Cívico. Desde ontem todos os acessos de carroa a região do Centro Cívico estão bloqueados. A barreira é para impedir a entrada do caminhão de som na Cândido de Abreu da APP-Sindicato, entidade que representa a categoria. Os manifestantes querem posicionar o veículo em frente da Alep, onde ocorrerá a votação do projeto de lei que altara o Regime Próprio da Previdência Social do Estado, a partir das 14 horas.

A polícia militar informou que não permitirá a passagem do caminhão de som.

Ontem, pelo mesmo motivo, houve confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar, que usou spray de pimenta, jatos de água e balas de borracha para conter os professores. As ruas de acesso ao Centro Cívico, entre a rotatória atrás do Palácio Iguaçu e a rotatória da Prefeitura de Curitiba.Arquidiocese de Curitiba divulgou uma nota sobre a repressão violenta a manifestação dos professores e pediu mais tolerância. Em nota, a arqudiocese condenou a truculência.

Votação

A expectativa é de que hoje seja aprovada em segunda e terceira votação o projeto que altera o Regime Próprio de Previdênca Social do Estado, a Paraná Previdência que é composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. O governo quer que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é financiado com recursos do Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.

Segundo o governo, o Fundo Previdenciário tem mais de R$ 8,5 bilhões em caixa e esta migração proporcionará uma economia de R$ 125 milhões, por mês. O projeto prevê também que o Fundo Previdenciário terá ainda o aporte de R$ 1 bilhão a partir de 2021, com o reinício de repasse ao Estado dos royalties da usina de Itaipu, que garantiria o sistema por pelo menos 29 anos.

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