A mudança era uma das reivindicações do setor de rádio, que afirma que a medida vai melhorar a qualidade do sinal das rádios AM.
Segundo a presidente Dilma Rousseff, a migração vai possibilitar novas formas de interação entre público e rádio.
— A migração para as faixas FM vai sem dúvida melhorar a qualidade da transmissão e com menos ruído e interferência atuais. As rádios AM vão manter seus ouvintes e até poderão aumentar a audiência ganhando maior poder de negociação com anunciantes. Essa mudança vai propiciar melhores condições técnicas para que façam transmissão da programação para celulares, tablets via internet.
O presidente da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) e da Rede Record, Luiz Claudio Costa, discursou na cerimônia realizada no Palácio do Planalto e afirmou que o rádio vai viver um novo momento, a partir da migração.
— O anunciante vai ter mais motivação para colocar verbas em rádio AM, o sinal é muito mais puro, o sinal tem mais qualidade. Tenho certeza é que, a partir de hoje, o negócio rádio no Brasil ganha uma nova força. O dia de hoje marca uma nova fase na história do rádio brasileiro. O anunciante vai ganhar e o público-ouvinte ganhar.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a migração poderá ser feita a partir de 1º de janeiro de 2014, mas a mudança pode enfrentar problemas.
— Sabemos que na maioria das localidades é possível fazer a transferência, mas em grandes centros pode haver dificuldade.
Hoje, 1.772 emissoras operam na faixa AM no País, divididas em alcance local, regional e nacional.
O presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Slaviero, estima que 90% das emissoras AM passem a operar na faixa FM.
— Nessa frequência, as rádios ganharão qualidade de áudio e de conteúdo, competitividade e alcance por meio de telefones celulares.
O custo da migração para as rádios, na compra de equipamentos, será de aproximadamente R$ 100 milhões.
Fonte - R7