Mãe da jovem, Helemary Fátima dos Reis, 52 anos, disse que uma amiga informou sobre a morte da filha e sobre o suposto aborto, o que levantou suspeita da família de que verdadeira causa a morte, diagnosticada como insuficiência respiratória e traumatismo cranioencefálico, tenha sido forjada por quadrilha.
Conforme a Polícia Civil de Jardim, onde vítima morreu, caso está sendo acompanhado já pegaram cópia do atestado de óbito e laudos médicos do hospital onde jovem foi internada, mas não há boletim de ocorrência registrado sobre o caso e polícia aguarda o laudo necroscópico para iniciar investigação oficial.
Ainda segundo a polícia, só com o laudo é possível apontar se houve algum crime e, a partir daí, definir os rumos da investigação. Não há previsão de quando o documento ficará pronto.
O caso
Helemary disse que não sabia da gestação de dois meses da filha e que soube do episódio por uma amiga. Aline morava em Campo Grande e a mãe mora em Água Clara.
Conforme a mãe, Aline viajou para Porto Murtinho dizendo que levaria roupas para parentes na segunda-feira e, na terça-feira, passou mal e morreu.
Amiga ligou para família avisando que a jovem estava em Jardim, onde teria ido para fazer aborto. No hospital onde vítima foi atendida, ela informou que havia passado mal por conta do calor.
Helemary diz que essa mesma amiga articulou laudo com suposta causa da morte, funerária que fez o traslado do corpo à Capital e até o sepultamento.
A certidão de óbito constatava como causa da morte insuficiência respiratória aguda e traumatismo cranioencefálico.
Na madrugada de hoje, família procurou a delegacia da Capital relatando a suspeita de aborto clandestino e polícia orientou a mulher a encaminhar o corpo, que já estava sendo velado, para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).
A vítima deixa um casal de filhos, de 11 e 6 anos. (Com Correio do Estado)