Sábado, 26 Novembro 2016 15:58

Fim de uma era. Fidel Castro deverá ser cremado hoje. Sepultamento acontece dia 04

O governo de Cuba anunciou neste sábado, dia 26, que o funeral de Fidel será no dia 4 de dezembro, no cemitério Santa Efigência, na cidade de Santiago de Cuba.

 

Mas o corpo do ex-presidente deve ser cremado ainda hoje, conforme a vontade do próprio Fidel, informou seu irmão e sucessor político, Raúl Castro.

 

Cuba decretou nove dias de luto nacional pela morte do ex-presidente e líder da revolução cubana, Fidel Castro, contados a partir deste sábado.

 

O corpo do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, será cremado e as cinzas serão colocadas em um cemitério na cidade cubana de Santiago, no dia 4 de dezembro. Antes disso, centenas de homenagens oficiais serão feitas ao líder cubano. Santiago foi a cidade onde Fidel cresceu e frequentou a escola. E foi também nesta cidade que Fidel Castro, em 1959, de uma janela da prefeitura, anunciou ao mundo a revolução cubana.

 

O líder cubano nasceu na cidade de Birán, no dia 13 de agosto de 1926.  Entre as homenagens previstas a que terá maior destaque será feita na próxima segunda, em frente ao Memorial José Martí, em Havana, capital cubana. Neste dia , a população cubana poderá prestar homenagem ao líder cubano. De acordo com o ritual previsto, todos os que comparecerem a essa homenagem deverão assinar um livro em que prometem fidelidade à revolução cubana.

 

Haverá também, no mesmo dia, uma missa na Praça Havana, onde Fidel costumava se dirigir às multidões. Na quarta-feira, as cinzas do ex-presidente serão transportadas para várias cidades do país, para que a população possa homenageá-lo. No sábado, haverá outra missa na cidade de Santiago. 

 

O ditador cubano Fidel Castro morreu nesta sexta dia 25, aos 90 anos, em Havana, informou seu irmão, Raúl, em pronunciamento na televisão estatal. "Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas" de sábado, disse ainda Raúl. Símbolo da Revolução Cubana em 1959, Fidel permaneceu 49 anos no poder, antes de renunciar em nome do irmão, em 19 de fevereiro de 2008.

 

Embora não estivesse mais na Presidência do Estado cubano, Fidel permaneceu como o grande líder da ilha. Sua morte marca o fim de uma era de discursos longos, frases emblemáticas e confrontos com os Estados Unidos que levaram a um embargo –indicado por Fidel como o principal determinante para o empobrecimento da população cubana. No longo período em que esteve à frente do país, Fidel sobreviveu a nove diferentes governos americanos e a várias tentativas de assassinato.

 

  Fidel Castro e Che Guevara, em 1959 em Havana

 

Para os EUA, ele representava uma lembrança constante e incômoda dos ideais comunistas que, apesar de praticamente abandonados no resto do mundo, permaneceram vivas a apenas 144 quilômetros de distância de sua costa. Com uma interpretação própria sobre como encerrar as desigualdades sociais na ilha, Fidel liderou um golpe ao regime do ditador Fulgência Batista (1933-1959). Sua resistência o transformou em herói nacional e seu carisma o transformou em um líder popular. Assim, ele assumiu após a queda de Batista com promessas de restauração da Constituição de 1940, e de promover uma administração honesta, restabelecer as liberdades civis e políticas e instaurar reformas moderadas.

 

Em dezembro de 2014, os líderes Barack Obama e Raúl Castro iniciaram o processo que restabelece relações diplomáticas entre EUA e Cuba, rompidas em 1961. O acordo, fechado após 18 meses de negociações em segredo, foi mediado pelo Canadá e pelo papa Francisco. As embaixadas foram reabertas em julho de 2015. (Com Folhapress)

 

 

 

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