Antes do Ano da Misericórdia, apenas um bispo ou um confessor-chefe designado de uma diocese poderia conceder a absolvição por um aborto. A mudança ganha importância quando se considera que a Igreja Católica inclui o aborto numa restrita lista de crimes particularmente graves, que provocam a excomunhão automática. Isso significa que, quando uma mulher faz um aborto, ela já se encontra, em virtude do próprio ato e sem necessidade de julgamento ou declaração, excomungada. Só o perdão de uma autoridade da igreja pode trazê-la de volta à comunidade de católicos. Com a nova determinação, isso fica mais acessível.
Em um documento no ano passado, Francisco descreveu o "calvário existencial e moral" enfrentados pelas mulheres grávidas que sofreram aborto e disse que "conheceu muitas mulheres que levavam em seu coração a cicatriz dessa decisão angustiante e dolorosa". (Com Folhapress)