Sexta, 28 Outubro 2016 18:13

Juiz Sérgio Moro marca audiências de ação penal contra Lula na Lava Jato

O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, marcou hoje dia 28, as audiências de testemunhas na ação penal a que ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua mulher, Marisa Letícia, e outras seis pessoas respondem na Operação Lava Jato.

 

Com isso, os depoimentos de testemunhas de acusação e de defesa serão realizados nos dias 21, 23 e 25 de novembro em Curitiba, onde as investigações estão centralizadas.

 

Entre os depoentes estão réus que assinaram acordos de delação premiada, como o ex-senador petista Delcídio do Amaral, o empresário Fernando Baiano e os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, além do ex-deputado federal Pedro Corrêa.

 

Na ação penal, Lula é acusado pela força-tarefa de procuradores da Lava Jato de receber R$ 3,7 milhões de propina de empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, por meio de vantagens indevidas, como a reforma de um apartamento tríplex no Guarujá (SP), e pagamento de despesas com guarda-volumes para os objetos que ele ganhou quando estava na Presidência. As vantagens teriam sido pagas pela empreiteira OAS.

 

Também foram denunciados pelo Ministério Público Federal o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto,; o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro; além de Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, todos ligadas à empreiteira.

 

A denúncia foi aceita pelo juiz Moro no dia 20 de setembro. Na ocasião, a defesa de Lula disse que a decisão não causou surpresa. “Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma prova contra Lula, como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica, impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou”, disseram os advogados. (Com Agência Brasil)

 

 

 

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    "Nós não estamos falando de altura de minissaia, estamos falando de crimes de corrupção. Estamos falando de fenômenos jurídicos muito claros. Não queremos pautar condutas éticas das pessoas", disse o magistrado, no evento "O legado da Mãos Limpas e o futuro da Lava Jato", promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

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    Após almoço no hotel Fasano, em São Paulo, durante o qual foi homenageado pela Universidade Notre Dame com o mesmo prêmio já concedido até à madre Teresa de Calcutá, Moro foi indagado pelo jornalista Philip Reeves da Rádio Pública Americana, sobre como via o fato de alguém condenado por ele, no caso o ex-presidente Lula, poder se candidatar à Presidência e, eventualmente, se eleger.

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    Segundo a instituição americana, o Prêmio Notre Dame é "entregue periodicamente para homens e mulheres cujas vida e obra demonstram dedicação exemplar aos ideais pelos quais a Universidade preza" desde 1992.

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