Ainda de acordo com a assessoria, a decisão da soltura se deu diante da acusada não apresentar riscos a sociedade, além disso, todos os envolvidos já foram ouvidos e o processo, que já está em fase de conclusão, deve ser finalizado dentro dos próximos 10 dias.
Neste período, a avó do menino responde em liberdade enquanto aguarda a Justiça decidir o novo rumo da acusada.
O caso
A criança estava sendo monitorada pelo abrigo Casa da Criança Peniel, após denúncias e, na tarde do dia 23 de fevereiro, equipe foi até a casa onde a criança vivia, na Rua Maracaju, no Centro da Capital.
Uma mulher de 31 anos e um homem de 46, que são parentes da criança, tinham a guarda do menino desde maio do ano passado. Eles confessaram para a polícia que torturavam a criança com ajuda de um sobrinho, de 18 anos. Os três eram praticantes da magia negra e acreditavam que com os rituais de tortura trariam prosperidade para a família.
A polícia só chegou até o casal depois que enfermeiros da Santa Casa acionaram os militares, em razão dos graves ferimentos que a criança tinha.
Segundo a PM, foram constatados ferimentos como: múltiplas queimaduras no rosto, lesões por socos e pancadas na face, que podem ter causado perda da visão dos dois olhos, hematomas nas costas, dilatação do abdômen, cicatrizes antigas, inchaço na região escrotal. Uma das unhas do pé da criança também foi arrancada. (Com Correio do Estado)