Segunda, 01 Agosto 2016 13:46

Sérgio Moro manda soltar mulher de João Santana

O juiz Sergio Moro determinou na manhã desta segunda dia 1º, a soltura da empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana.

 

Os advogados dela confirmam a decisão.

 

Mônica Moura, que estava presa havia cinco meses, terá que pagar uma fiança de R$ 28 milhões, valor que já havia sido bloqueado pela Justiça. Não poderá sair do país nem se encontrar com outros investigados.

 

Segundo Fabio Tofic Simantob, advogado dela e de Santana, a defesa comemora. "Depois do interrogatório deles e do operador Zwi Skornicki, isentando-os de corrupção, não faria mais sentido mantê-los presos", afirma. O publicitário também pode ser solto nos próximos dias, caso os advogados apresentem petição neste sentido. Moro considerou que a prisão não era mais "absolutamente necessária" já que a fase de instrução do processo está no fim e o casal está disposto a "esclarecer os fatos". Eles estão negociando acordo de delação premiada com a Justiça.

 

Moro também considerou que a situação do casal difere da de operadores profissionais de lavagem de dinheiro, empreiteiros corruptores, agentes de estatais e políticos beneficiários de caixa dois. Ressaltou, no entanto, que isso não minimiza a gravidade da conduta de ambos que está sendo investigada. (Com Folhapress)

 

 

 

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    "Nós não estamos falando de altura de minissaia, estamos falando de crimes de corrupção. Estamos falando de fenômenos jurídicos muito claros. Não queremos pautar condutas éticas das pessoas", disse o magistrado, no evento "O legado da Mãos Limpas e o futuro da Lava Jato", promovida pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

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    Após almoço no hotel Fasano, em São Paulo, durante o qual foi homenageado pela Universidade Notre Dame com o mesmo prêmio já concedido até à madre Teresa de Calcutá, Moro foi indagado pelo jornalista Philip Reeves da Rádio Pública Americana, sobre como via o fato de alguém condenado por ele, no caso o ex-presidente Lula, poder se candidatar à Presidência e, eventualmente, se eleger.

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    Segundo a instituição americana, o Prêmio Notre Dame é "entregue periodicamente para homens e mulheres cujas vida e obra demonstram dedicação exemplar aos ideais pelos quais a Universidade preza" desde 1992.

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