Forçada a entrar em um carro, Honda, modelo Civic, prata, a jovem foi levada para um canavial. Lá, foi estuprada por três dos cinco suspeitos. Ela foi violentada até mesmo com um pedaço de cana. A PM não informou onde ela foi liberada e nem como conseguiu ligar para uma amiga e pedir ajuda. Essa colega, então, a encaminhou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A jovem foi transferida pelo Samu à Gota de Leite. O delegado Arnald D’avólgio, que estava de plantão, não conseguiu conversar com a jovem. “Ela estava internada e sedada na manhã deste domingo. Preferimos esperar para colher o depoimento.” O caso, até agora, não foi registrado na Polícia Civil. Apesar da gravidade, ele só será encaminhado à delegacia na segunda, conforme prevê resolução da polícia.
Mesmo assim, por telefone, a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Meirelene de Castro, disse que ainda desconhecia o caso, mas afirmou que irá atrás para ouvir a jovem logo na manhã desta segunda-feira devido a gravidade do caso.
Esse é o 14º estupro registrado em Araraquara somente neste ano, de acordo com dados divulgados até maio pela Secretaria de Segurança Pública. Um caso a cada dez dias. Em todo o ano passado, foram 55 mulheres vítimas violência somente na cidade. No Estado já foram 3.925 casos de estupro nesses cinco primeiros meses de 2016. E 9.265 em todo o Estado de São Paulo, em 2015.
O Código Penal protege a dignidade sexual e divide as vítimas entre maiores de 14 anos e menores de 14 (vulneráveis), entre outras situações. Qualquer pessoa, homem ou mulher pode ser punido. O crime se configura se o autor constranger (forçar) a vítima, seja mediante violência (força física) ou grave ameaça (violência moral). A pena vai de 6 a 10 anos de reclusão. (Com Araraquara Já)
