Apesar disso, Bruce Aylward, chefe do Departamento de Surtos da OMS, se negou a confirmar a tese. "O que temos hoje é uma associação, não a causa", insistiu. Para ele, serão necessários de seis a nove meses ainda para determinar se existe de fato uma relação real entre o zika e os casos de microcefalia.
Na quinta-feira, Aylward chegou a colocar em questão os números apresentados pelo Brasil. "Não sei se são nessa escala tão gigante", disse. O Ministério da Saúde reforçou, porém, que testes clínicos deram positivo para zika em seis crianças nascidas com microcefalia. "E tivemos registros de algumas crianças mortas com microcefalia. Até agora, confirmamos 12 desses casos. A experiência mostra que é difícil fazer os testes", disse Maierovitch.
Segundo ele, os casos de zika vão chegar a "todo o País". "Os Estados que ainda não nos informaram casos, certamente vão nos informar", ressaltou na videoconferência.