Com isso, os dez anos mais quentes da história, com exceção de 1998, ocorreram desde o ano 2000. Desde 1880, a temperatura média da superfície da Terra aumentou 0,8ºC, uma tendência puxada pelo aumento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera do planeta, segundo as duas entidades.
A maior parte desse aquecimento ocorreu nas últimas três décadas. Cientistas, porém, ainda esperam ver flutuações ano a ano na temperatura média global causadas por fenômenos como El Niño. As análises usaram dados de temperatura de 6.300 estações meteorológicas, de medições dos oceanos e de estações de pesquisa na Antártica.
Quando são analisadas separadamente as superfícies da terra e dos oceanos, ambos registros também marcam recordes. Globalmente, a temperatura média da superfície dos mares foi a maior da história, 0,57 °C acima da média do século 20, enquanto a da superfície da terra ultrapassou em 1 °C esta mesma média.
Com relação à neve, a NOAA constatou que neve média anual no hemisfério norte foi de 64,62 milhões de quilômetros quadrados, "perto da média dos registros históricos". A primeira metade de 2014 registrou menos neve do que o normal, mas o segundo semestre registrou mais do que a média.
A média mundial de gelo no oceano Ártico foi de 28.460.000 km², a menor área nos 36 anos em que os cientistas têm feito registros. No outro pólo, na Antártica, o gelo marinho caiu pelo segundo ano consecutivo, aos níveis mais baixos já registrados: 33.870.000 km², segundo a NOAA.
Dezembro também teve temperaturas recordes. As temperaturas médias combinadas nas superfícies terrestres e marítimas foram maiores do que qualquer outra na história. A temperatura média do mês foi 0,77 ºC acima da média mundial. "Este foi o dezembro mais quente no período de 1880 a 2014", disse a NOAA. (Com Folhapress)