"Nós vamos fazer a discussão, e estatisticamente, a sociedade mostra isso. Não há que tergiversar com o sentimento do eleitor. 70% fez esse movimento”, disse Marina, referindo-se ao fato de pesquisas terem apontado que 70% dos eleitores querem mudança. Questionada se adotaria uma posição neutra no segundo turno, como ocorreu em 2010 - quando se candidatou pelo PV e ficou em terceiro lugar -, Marina indicou que, desta vez, deverá ter atitude diferente. "Minha postura, quando não foi feito o registro da Rede (Sustentabilidade), de não me recolher em uma anticandidatura, pode ser uma tendência. Eu assumi com um compromisso com a mudança.
O que determinou o compromisso em apoiar Eduardo Campos foi o programa. Mas não é um compromisso que tem que ser vão, tem que ser coerente. Coerente não só com o discurso, mas com as trajetórias", afirmou, indicando que será fundamental que o candidato que eventualmente venha a apoiar mostre compromisso com seu programa de governo. “Eu faço parte de um partido, ainda que seja um partido clandestino, mas é um partido. Temos uma aliança com vários partidos. O que decidimos é que queremos tomar uma posição conjunta, mantendo aquilo que nos uniu, que é o nosso programa", afirmou. A ex-senadora, que não conseguiu criar seu partido, a Rede, assumiu a cabeça de chapa da candidatura do PSB após a morte de Eduardo Campos.
Neste domingo, Marina falou como liderança da Rede. Marina criticou duramente as “agressões” que sofreu do PT quando começou a se mostrar uma ameaça à reeleição da presidente Dilma, disse que não se arrepende de ter feito uma campanha “limpa” e afirmou que, se é o caso, prefere “perder ganhando”. Um dos ataques mais fortes que recebeu da campanha petista dizia respeito à sua proposta de autonomia ao Banco Central e, ainda, à sua relação com a herdeira do banco Itaú Neca Setúbal, uma das coordenadoras de sua campanha. Antes da coletiva de Marina, Neca já havia sinalizado um possível apoio a Aécio ao dizer, assim como Marina, que o brasileiro quer “mudança”. "Jamais me arrependerei da decisão que tomamos, de que nós não iríamos fazer qualquer coisa para ganhar a eleição a qualquer custo e a qualquer preço. Nossa determinação foi e será sempre de ganhar ganhando e, quando não for possível ganhar ganhando, nós iremos perder ganhando."
Com Audi Morais