Quarta, 25 Junho 2014 11:53

Professor brasileiro gasta 20% do tempo de aula com indisciplina

Os professores brasileiros gastam, em média, 20% do tempo de aula mantendo a disciplina na classe, segundo levantamento internacional. Ou seja, o docente gasta um em cada cinco minutos pedindo silêncio ou chamando a atenção por bagunça.

 

 

O desempenho brasileiro é o pior entre os 32 países que responderam à essa parte da pesquisa. A média entre os países é de 13%. Na Finlândia, país tido como exemplar no quesito educação, o percentual de tempo dedicado a essa atividade chega a 13%.

 

As informações são da edição 2013 da Talis, Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem coordenada mundialmente pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O levantamento foi divulgado na manhã desta quarta (25).

 

De aula mesmo, ensinando os alunos, o percentual de tempo gasto em sala no Brasil é 67% enquanto a média internacional é de 79% e a da Finlândia é 81%.

 

Em 12% do período de cada aula, o professor lida com questões administrativas, como o controle de presença (chamada) -- contra a média de 8% dos países que participaram da pesquisa e 6% da Finlândia.

 

 "Nos países da OCDE, o professor trabalha em uma única escola, em tempo integral e leciona, em média, 19 horas. Aqui no Brasil, a jornada quase dobra se pensarmos que os docentes trabalham 26 horas em mais de uma escola e em salas maiores", diz a pesquisadora Gabriela Moriconi.

 

Segundo o relatório, professores e alunos poderiam se beneficiar da redução do tempo gasto com tarefas administrativas e com manutenção do clima adequado para a aprendizagem.

 

O clima na sala de aula é uma das condições para a aprendizagem, segundo a pesquisa da OCDE. Os professores brasileiros, na média, trabalham mais horas (25 horas por semana) que a média dos docentes que participaram da pesquisa (19 horas por semana), conduzida com dados do segundo semestre de 2012.

 

 

 

 

 

 

 

Via UOL

 

 

 

 

 

Veja também:

  • Brasileiro e seu neto de 12 anos são sequestrados no Paraguai

    Um brasileiro de 73 anos e seu neto de 12 anos de idade foram seqüestrados no Distrito de Nova Toledo, departamento de Caaguazú, no Paraguai, nesta segunda dia 23.

     

    O pedido de resgate é de 300.000 Dólares.

  • Carreira de professor desperta cada vez menos o interesse de jovens

    A falta de reconhecimento e de condições de trabalho tem atraído cada vez menos alunos para uma profissão que já esteve entre as mais valorizadas no país: a de professor. O Dia do Professor é hoje, mas há motivo para comemorar?

     

    A cada 100 jovens que ingressam nos cursos de pedagogia e licenciatura no país, apenas 51 concluem o curso. Entre os que chegam ao final do curso, só 27 manifestam interesse em seguir carreira no magistério.

  • Brasileiro é torturado e queimado com ferro de marcar gado

    Roberto Carlos Gonçalves da Silva, 51, foi torturado e teve a pele queimada com ferro de marcar gado, em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ele teria sido abordado por uma dupla e agredido após se negar a entregar uma bicicleta. 

     

    O caso aconteceu na manhã deste domingo (8), mas só foi divulgado hoje. Conforme o Porã News, a vítima foi abordada próximo ao antigo terminal rodoviário, ao lado da Lagoa Punta Porã. Ao serem desobedecidos, os dois bandidos levaram Roberto até um local ainda não identificado, onde iniciaram a sessão de tortura. 

Entre para postar comentários