“Em um primeiro momento, o álcool deixa o indivíduo eufórico e impulsivo. Contudo, com o aumento da dose, a pessoa vai perdendo sua capacidade de julgamento e reação, podendo causar até um quadro grave de coma alcoólico”, explica Tassi. Fatores como a quantidade e velocidade com que a bebida é ingerida influenciam diretamente no poder de ação do álcool no organismo. Além disso, o sono desregulado, a falta de alimentação e hidratação adequada também potencializam os efeitos da bebida.
Segundo o psiquiatra, a recomendação é não ingerir bebida alcoólica ou consumi-la apenas moderadamente. “Como o álcool causa alterações comportamentais, aumentam as chances da pessoa se envolver em brigas ou praticar sexo não seguro”, ressalta. Quem costuma misturar álcool e outras bebidas, como refrigerantes e energéticos, também tem que ter cuidado redobrado. A combinação pode cortar o sabor forte do álcool, mas não altera o teor alcoólico da bebida.
De acordo com o médico cardiologista da Secretaria Estadual da Saúde, André Ribeiro Langowiski, a mistura também traz sérios problemas ao coração. “O uso de uma droga depressora, como o álcool, aliado a estimulantes e energéticos pode causar hipertensão e outros problemas na frequência cardíaca, como a arritmia e a taquicardia”, explicou.
A famosa ressaca após o carnaval é outro problema comum após as noites de folia. O organismo precisa de um tempo para se recuperar e por isso o dia seguinte à festa deve ser reservado para o repouso. A principal dica é manter uma alimentação balanceada e não se esquecer da hidratação. O consumo de álcool contribui para a perda de líquidos e a reposição deve ser feita com água ou sucos naturais.