Com certificação nacional de duplas, Paraná amplia número de cães aptos para resgates

Quatro dias de atividades intensas, 16 binômios – como são chamadas as duplas formadas pelo bombeiro militar e o cão – aprovados após diversos testes e simulações de ocorrência, além de um chamado para atendimento real durante as provas, marcaram a 1ª Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate, em Cianorte, no Noroeste do Estado. O evento foi realizado de maneira inédita no Paraná entre 6 e 9 de maio. 

“O sentimento é de imensa satisfação e de dever cumprido. Tivemos a grande maioria dos binômios devidamente certificados, ou seja, aprovados em todas as etapas do evento. E em Cianorte pudemos criar cenários de busca muito similares a ocorrências reais, o que deixou o evento ainda mais fidedigno com a realidade”, disse o tenente Daniel Kaneko, um dos responsáveis pela organização da atividade, encerrada na noite de quinta-feira (9).

O saldo do encontro foi de 13 binômios paranaenses avalizados para atuarem em situações de desastre ou de busca por odores específicos. Com isso, o Estado passa a ter à disposição, para esses tipos de operações, 17 binômios com a chancela do Comitê Nacional de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Conabresc), do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom).

Além dos 13 binômios do Paraná, outros dois certificados são de Rondônia e um do Mato Grosso do Sul. Para conseguir essa espécie de selo de qualidade, que na prática promove uma padronização nas técnicas de atuação, as duplas precisaram passar por diversos testes, além da avaliação clínica do animal. Os cães foram analisados em termos de agressividade, obediência e destreza, antes de irem para os cenários simulando a localização de vítimas ou de identificação de odores específicos.

Três desses binômios tiveram, inclusive, a oportunidade de atuar em uma ocorrência real. Na tarde de quarta-feira (8), o Corpo de Bombeiros foi acionado para localizar um homem de 52 anos, em estado depressivo, que estava desaparecido desde a noite anterior, quando havia saído de casa para caminhar.

Com a ajuda do bloodhound Horus, com a condução do sargento Rafael dos Santos Souza Vaz; da bordercollie Gaia, com o soldado Leonardo Pereto; e do labrador Balu, com o cabo Lucas Adriano Carvalho Serenato, o homem foi localizado em boas condições e levado para seus familiares.

“A conclusão desta certificação comprova que o Paraná está realmente capacitado para atuar em ocorrências reais e reconhecido nacionalmente para prestar possíveis apoios fora do Estado, como no caso da tragédia no Rio Grande do Sul”, afirmou o tenente Kaneko.

Os cães de busca do Paraná não foram enviados ao Rio Grande do Sul porque o nível dos rios ainda está muito elevado. O apoio canino deve ser utilizado na sequência, na busca pelos desaparecidos. Este tipo de certificação garante maior capacidade de atuação nesse sentido, com mais cães disponíveis e permitindo, se necessário, maior rodízio entre eles.

Não foram apenas os participantes que terminaram o encontro certificados. Quatro estagiários avaliadores vão poder, a partir de agora, atuar como árbitros em eventos desse tipo: o 2° sargento Lucas Zemuner Berzotti, do Paraná; 1° sargento Jefferson Trannin do Rêgo e 1° sargento Evandro Luís Soares, ambos do Rio de Janeiro; e o 3° sargento Thiago Kalunga Silva Pereira, do Mato Grosso do Sul.

Os binômios certificados por modalidade foram:

1) Busca urbana - Vivo

Soldado Leonardo Pereto Franco de Oliveira e cão Gaia

Cabo João Carlos Alves Júnior e cão Acauã

2) Busca urbana - Restos Mortais

Soldado Fabiano Krul e cão Hórus

Cabo Rodrigo de Oliveira Santos e cão Skull

2º Sargento Lucas Zemuner Berzotti e cão Eva

3) Busca rural - Restos Mortais

Sargento Thiago Kalunga e cão Laika

Soldado Fabiano Krul e cães Hórus e Amora

Cabo João Carlos Alves Júnior e cão Acauã

2º Sargento Lucas Zemuner Berzotti e cão Eva

4) Busca por odor específico

Cabo Lucas Adriano Carvalho Serenato e cão Balu

3° Sargento Rafael dos Santos Souza Vaz e cão Horus

3° Sargento Adriano Campos da Silva e cão Black

Soldado Romualdo de Amorim Junior e cão Bruce

3° Sargento Elexandro Eguez Evaristo e cão July

3° Sargento Afonso Arrebola Pereira e cão Laika

5) Busca rural - Vivo

Cabo João Carlos Alves Júnior e cão Acauã

2º Sargento Lucas Zemuner Berzotti e cão Eva

Soldado Leonardo Pereto Franco de Oliveira e cão Gaia

Soldado Renan Aparecido Cordeiro e cão Xerife

Cabo Rodrigo de Oliveira Santos e cão Meghan

Cabo Felipe Jammes Valle Teixeira e cão Bastião

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Nota Paraná libera R$ 22,9 milhões em créditos de ICMS nesta sexta-feira

O Nota Paraná, coordenado pela Secretaria de Estado da Fazenda, libera nesta sexta-feira (10) R$ 22,9 milhões em créditos de ICMS.

Esses valores são referentes a compras realizadas no mês de fevereiro e representam um benefício para os consumidores e entidades sociais do Estado.

Do montante total liberado em maio, R$ 20,2 milhões serão destinados aos consumidores com CPF identificado nos documentos fiscais e R$ 2,7 milhões a organizações sociais. Essas instituições da sociedade civil participam do programa por meio da doação de notas fiscais.

Ao todo, cerca de 9,9 milhões de consumidores terão direito a receber os créditos, os quais serão transferidos para as contas individuais do programa. Os consumidores podem acessá-los e transferi-los para contas bancárias cadastradas por meio do site ou aplicativo do Nota Paraná (disponível para Android e iOS).

Os créditos liberados neste mês foram gerados a partir de 63,2 milhões de notas fiscais emitidas em fevereiro de 2024.

CÁLCULO – Os créditos de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) são devolvidos aos consumidores com base no faturamento das empresas que realizaram as vendas. O valor que retorna aos consumidores depende de variáveis como o faturamento das empresas e o volume de compras que geraram notas fiscais com CPF em determinado mês.

As informações necessárias para calcular os créditos, como o recolhimento efetivo do imposto pelo estabelecimento comercial, são enviadas à Secretaria da Fazenda ao longo dos dois meses seguintes ao mês da compra. A devolução dos créditos é, portanto, realizada no terceiro mês após a aquisição que gerou a nota fiscal.

Não importa se a compra é de um item que não paga ICMS. Se o estabelecimento pagou o imposto, quem solicita CPF na nota recebe parte da devolução.

CADASTRO – Para se cadastrar no Nota Paraná basta acessar o site www.notaparana.pr.gov.br, clicar na opção “cadastre-se” e preencher com dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome completo, CEP e endereço, para a criação de uma senha pessoal.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Chuvas no RS: bombeiros detalham trabalho na "tragédia de maior proporção" em que já atuaram

Primeira força de segurança externa a chegar no Rio Grande do Sul para reforçar o salvamento das vítimas das enchentes, o Corpo de Bombeiros do Paraná fez a primeira troca de equipe no estado vizinho nesta quinta-feira (9).

Após sete dias atuando no resgate de vítimas e apoio operacional, 34 bombeiros retornaram ao Paraná. Para rendê-los, o Corpo de Bombeiros o enviou um novo efetivo ainda maior: são 37 militares para mais sete dias de apoio no pior desastre da história do Rio Grande do Sul.

Nesse período, a primeira equipe fez mais de mil resgates, entre pessoas e animais, além de entrega de materiais de higiene e limpeza, medicamentos e alimentos. A equipe também apoiou outras forças de segurança com transporte médico e de militares.

Mesmo com experiência em ocorrências de grandes proporções – como o rompimento da barragem em Brumadinho (MG) em 2019 e a queda de encostas em Petrópolis (RJ) em 2022 –, os bombeiros paranaenses que retornaram do Rio Grande do Sul afirmam que essa é a tragédia de maior proporção em que atuaram.

“É difícil comparar uma tragédia com outra. Mas o que posso dizer é que essa ocorrência no Rio Grande do Sul atingiu o estado inteiro, nem tem como dimensionar”, resume o sargento Angelo de Souza, um dos bombeiros que retornou da missão em solo gaúcho e que também esteve em Brumadinho.

Já o tenente Pedro Rocha de Faria, que atuou em incêndios no Pantanal e no desastre de Petrópolis, afirma que essa foi a primeira ocorrência em que a equipe teve que atuar de imediato, assim que chegou, mal dando tempo de fazer um planejamento prévio da operação.

“Essa foi a primeira ocorrência que participei em que as pessoas demandavam ajuda tão iminente. Na cidade de Eldorado do Sul eu botei o pé na água e uma criança já veio me perguntar se a gente iria resgatar o pai dela que estava numa escola mais adiante, dobramos a esquina, e mais gente veio pedir ajuda. E assim foram várias vezes. Onde a gente passava, alguém pedia ajuda”, detalha o tenente.

Só o helicóptero enviado pelo Governo do Paraná realizou 151 salvamentos no período de cinco dias – média de 30,2 ocorrências diárias. Copiloto da aeronave, o capitão Alexandre Ferelli compara o cenário da enchente no Rio Grande do Sul ao de uma guerra. Em especial no bairro Mathias Velho, na cidade de Canoas, na Grande Porto Alegre.

“A maior complexidade era a quantidade de aeronaves sobrevoando uma área pequena. Conversando com outras equipes de voo, todo mundo dizia que nunca tinha visto algo assim. Eram 20 aeronaves sobrevoando ao mesmo tempo uma área um pouco maior do que o bairro Boqueirão, em Curitiba”, compara o bombeiro.

Feirelli afirma que já nas primeiras 48 horas de operação a equipe aérea realizou mais de 50 resgates. “Já nas primeiras horas resgatamos pessoas que estavam um, dois dias ilhadas nos telhados das casas. Um das vítimas estava há dois dias pendurada em uma árvore”, conta o capitão.

O resgate que mais o marcou foi de um rapaz e duas senhoras do telhado de uma residência no município de Lajeado, sendo que uma das mulheres estava inconsciente por hipotermia, o capitão foi informado pelo jovem de que o pai dele estava pendurado em uma árvore mais adiante há dois dias e meio. Durante o salvamento da família, o helicóptero sobrevoou a área e realmente constatou o homem de pé em um galho na copa da árvore cercada pela água. Nesses dois dias e meio, o homem diz ter se alimentado do fruto parecido com uma goiaba da própria árvore.

“Quando você resgata uma pessoa que está há dois dias e meio sem nada, em cima de uma árvore, com vento, correnteza passando embaixo, temperatura gelada, uma pessoa que perdeu tudo e está lutando pela vida, a gente nem tem palavras de como isso deu forças para a gente continuar operando o resto dos dias”, afirma Feirelli.

PRIMEIRO APOIO – Chefe da força-tarefa paranaense no Rio Grande do Sul semana passada, o capitão Eduardo Hunzicker afirma que muitas vezes a equipe do Corpo do Bombeiros foi o primeiro socorro a chegar às vítimas das enchentes.

Além da demanda muito alta, o capitão afirma que outra dificuldade da missão era para onde levar as pessoas resgatadas. “No planejamento de resgate a gente espera ter local com estrutura para levar as vítimas. Mas lá no Rio Grande do Sul estava tudo comprometido. Conseguíamos pôr as pessoas apenas em situações relativas de segurança, porque tínhamos que deixá-las somente em um lugar seco para ir buscar mais vítimas”, ilustra o chefe da força-tarefa.

A cabo Irineia Pauluch afirma que o quadro era um verdadeiro caos, tamanho o estrago das águas. “A gente passava nas ruas e as pessoas vinham pedir pelo amor de Deus para a gente salvar o pai, a mãe, a avó delas. As pessoas gritavam por socorro enquanto salvávamos outras pessoas, que estavam em situação de mais risco. Essa gritaria das pessoas me marcou”, recorda.

A situação era tão crítica que as vítimas resgatadas nem sabiam para onde ir. “As pessoas não sabiam para onde ir e nem quem poderia ajudá-las. Vi pessoas saindo de casa só com uma sacolinha  de no máximo duas peças de roupas”, afirma a cabo.

 

BOM
Bombeiros retornaram nesta quinta ao Paraná. Foto: Arnaldo Neto/AEN


AJUDA CONTINUA – A nova equipe do Corpo de Bombeiros do Paraná deve permanecer no Rio Grande do Sul até o dia 16 de maio, quando será enviada um novo grupo de militares para ajudar nos resgates. Assim como a equipe anterior, a que está em solo gaúcho tem treinamento em grandes desastres. O comando da missão agora é do capitão Maurício Batista Dubas.

Outra medida de apoio ao estado vizinho atualizada pelo Governo do Paraná foi a prorrogação até 22 de maio da campanha SOS RS, organizada pela primeira-dama Luciana Saito Massa e pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Alimentos não perecíveis (inclusive ração animal), bem como de água potável e materiais de higiene e limpeza podem ser entregues em qualquer unidade do Corpo de Bombeiros, das 8h às 20h. As unidades do Instituto Água e Terra (IAT), da Polícia Civil e da Secretaria da Cultura também estão recebendo doações.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com apoio da Ceasa, Paraná envia nova remessa com mais 400 toneladas de doações ao RS

O Governo do Paraná enviou nesta quinta-feira (9) uma nova remessa de donativos às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.

Foram mais de 400 toneladas de alimentos, água potável, roupas e produtos de higiene e limpeza arrecadados pela campanha SOS RS e pela Ceasa. O governador em exercício Darci Piana e o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, acompanharam o envio dos mantimentos e o trabalho dos voluntários.

O comboio com 15 caminhões saiu direto do 1º Grupamento de Bombeiros, no bairro Portão, em Curitiba, que é o maior ponto de arrecadação de doações do Paraná. “As nossas forças de segurança e a estrutura do Governo do Paraná estão trabalhando com afinco para ajudar as pessoas que estão sofrendo com as consequências destas chuvas no Rio Grande do Sul. Isso mostra como o povo do Paraná sabe ser solidário”, afirmou Piana.

Os caminhões vão até Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, onde há uma central de recepção das doações. O comboio será escoltado por agentes da Polícia Militar do Paraná e Polícia Rodoviária Federal, para garantir que os mantimentos chegarão em segurança ao destino.

Contando todas as doações arrecadadas pela campanha SOS RS, liderada pelo Gabinete da primeira-dama Luciana Saito Massa e operacionalizada pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil com o apoio do Corpo de Bombeiros, cerca de 1,5 mil toneladas de alimentos e mantimentos já foram enviadas pelo Paraná às vítimas das chuvas.

CEASA – Os itens foram arrecadados em quarteis dos Bombeiros, nas Brigadas Comunitárias, no Instituto Água Terra (IAT) e espaços da Secretaria da Cultura em todo o Estado. A remessa inclui também 50 toneladas doadas pelos produtores e permissionários da Central de Abastecimento (Ceasa) de Curitiba.

Além dos alimentos processados junto ao programa do Banco de Alimentos – Comida Boa, foram encaminhadas ainda 850 cestas básicas, bolachas, garrafas de água, 300 colchões, roupas e outros acessórios. Estes trabalhos estão sendo coordenados em parceria com o Sindicato dos Permissionários da Ceasa de Curitiba (Sindaruc).

“Estamos nos mobilizado para amenizar os graves problemas que os rio-grandenses estão passando neste momento difícil. Temos que agradecer e parabenizar a todos os nossos produtores e permissionários atacadistas que nos ajudam com essas doações que estamos enviando para o Rio Grande do Sul”, disse Éder Eduardo Bublitz, diretor-presidente da Ceasa Paraná.

No interior do Estado, a Ceasa de Londrina enviou um caminhão com 10 toneladas de mantimentos, com alimentos, água, colchões, cobertores e materiais de higiene. Em Maringá, os permissionários e produtores encaminharam um caminhão com 8 toneladas de donativos.

VOLUNTÁRIOS – A corrente de solidariedade não se resume às doações feitas por paranaenses de todo o Estado. Milhares de voluntários têm se apresentado à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros para ajudar na separação dos mantimentos e no carregamento dos caminhões.

De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Manoel Vasco, cerca de 4 mil pessoas se cadastraram como voluntárias para ajudar nos trabalhos. “São muitas pessoas que estão dedicando seu tempo e esforço aqui, noite e dia, em uma força-tarefa. É um trabalho de muito carinho, muito amor, de cada uma destas pessoas que resolveu ajudar o povo gaúcho”, disse.

Para a voluntária Giovana Wozniak, o trabalho tem sido intenso, mas recompensador. “Estamos ajudando a descarregar os carros, mover os pallets e organizar as doações. É quase um trabalho de formiguinha, um ajudando o outro, mas é gratificante estar aqui e ver os caminhões saindo para levar os mantimentos para o Rio Grande do Sul”, afirmou.

Os interessados em trabalhar como voluntários devem entrar em contato com a Defesa Civil Estadual via WhatsApp para o número (41) 3281-2510, informando nome completo e endereço, que o órgão cuida da sistematização a encaminhará para a unidade que mais precisa próxima de localidade.

-
O governador em exercício Darci Piana e o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, acompanharam o envio dos mantimentos e o trabalho dos voluntários. Foto: Gabriel Rosa/AEN


CAMPANHA – A campanha SOS RS segue arrecadando doações até o dia 22 de maio. Agora, as unidades da Polícia Civil do Paraná também estão recebendo doações de alimentos não perecíveis como arroz, café, açúcar, leite em pó, além de água potável, ração animal, materiais de higiene e limpeza, colchões, colchonetes e cobertores. Doações também seguem nos outros pontos de arrecadação do Estado, como sedes dos bombeiros, brigadas comunitárias, IAT e museus estaduais.

Além das doações, o Paraná tem prestado apoio às cidades gaúchas com forças de segurança e equipamentos de resgate. 32 policiais militares, oito viaturas, helicóptero e embarcação foram encaminhados para auxiliar as forças de segurança do Rio Grande do Sul, evitando roubos e saques. A Polícia Científica também enviou profissionais e equipamentos.

Pelo Corpo de Bombeiros, uma nova equipe partiu na quarta-feira (8), com 37 bombeiros militares em substituição à equipe paranaense que já atuava na região desde o dia 1º de maio. Na área de saúde, o Paraná também enviou bolsas de sangue, medicamentos, alimentos e equipamentos de segurança nesta quinta-feira.

BALANÇO – No boletim divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul na tarde desta quinta-feira 107 pessoas morreram vítimas das chuvas e 136 pessoas estão desaparecidas. 67, 5 mil pessoas estão em abrigos e 165 mil desalojadas. Ao todo, 428 cidades foram afetadas pelas chuvas.

 

 

 

 

 

Por - AEN

 Com Paraná no topo das dispensas, Jucepar leva Decreto do Baixo Risco aos municípios

A Junta Comercial do Paraná (Jucepar), vinculada à Secretaria estadual da Indústria, Comércio e Serviços, participou nesta semana de encontros regionais sobre políticas públicas realizados em Maringá e Londrina. Promovidos pelo Sebrae-PR, os eventos buscam fortalecer a capacidade de atuação dos gestores no âmbito das políticas públicas municipais.

A programação abrangeu palestras referentes à legislação que regula as micro e pequenas empresas. A equipe técnica da Jucepar aproveitou para orientar 240 profissionais das prefeituras de 82 municípios sobre a importância de formalizarem a adesão ao Decreto nº 3.434 de 2023, mais conhecido como Decreto do Baixo Risco, que dispensa a licença de 771 atividades de baixo risco.

De acordo com o último Ranking Nacional de Dispensa de Alvarás e Licenças, referente ao 1º trimestre deste ano, o Paraná figura como terceiro estado brasileiro com mais atividades econômicas dispensadas. São Paulo e Piauí aparecem em 1ª e 2ª posição no ranking, com 900 e 858 atividades econômicas dispensadas de licenciamento, respectivamente. Em Santa Catarina são 290. A lei federal da Liberdade Econômica regulamenta o efeito da dispensa de quaisquer atos públicos para as atividades econômicas classificadas como baixo risco.

Ponta Grossa (770), Paranavaí (748), Foz do Iguaçu (609), Piraquara (594), Curitiba (494), Cianorte (487), Contenda (453), Cascavel (446), Pinhais (384) e Maripá (314) aparecem na relação dos municípios que mais liberam atividades de alvarás. No total são 132 municípios que dispensam mais atividades econômicas que a classificação nacional de baixo risco, proporcionando um ambiente de negócios mais livre e favorável à abertura de empresas aos empreendedores locais. No cenário das capitais, Curitiba só perde para Salvador.

A coordenadora adjunta de Tecnologia da Informação e de Integração da Jucepar, Fernanda Wil, disse que a iniciativa permitiu aproximar a instituição dos profissionais que atuam diretamente nas administrações municipais, reforçando inclusive os bons indicadores estaduais.

“Nosso objetivo é orientá-los para que, caso queiram, formalizem a adesão ao decreto estadual”, disse. “Na prática, os municípios que não possuem lei própria já estão seguindo a legislação do Estado, porém essa formalização é interessante para que componham o Ranking Nacional de dispensas de Alvarás e Licenças, disponibilizado trimestralmente pelo governo federal, e também para que essa informação circule dentro do município, padronizando os procedimentos”.

ADESÃO – Para que o gestor municipal faça a formalização da adesão, a prefeitura precisa fazer a comunicação para os e-mails do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) e da Jucepar (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). O Guia Prático está disponível de forma digital para orientar os servidores municipais interessados na implementação da lei da liberdade econômica.

O chefe do Centro Estadual de Desburocratização e presidente do Comitê Permanente de Desburocratização do Estado do Paraná, Jean Rafael Puchetti Ferreira, disse que a integração é importante para facilitar cada vez mais a rotina do empreendedor.

“Através da plataforma Empresa Fácil, da Junta Comercial, o empresário pode responder algumas rápidas questões de forma objetiva e, se for enquadrado como uma atividade de baixo risco, em poucos minutos receberá o selo que vai demonstrar que está dispensado de qualquer ato público poderá, imediatamente, iniciar suas atividades e contratar funcionários”, afirmou.

Melhorar o ambiente de negócios é o ganho obtido a partir desses eventos, na avaliação do coordenador de Políticas Públicas do Sebrae-PR, Rubens Palma. “Discutimos pautas de melhoria de ambiente de negócio e apresentamos alguns cases de sucesso, além de abordarmos as boas práticas para os nossos eixos, como compras públicas, medidas voltadas à simplificação e inovação, acesso a crédito, sala do empreendedor”, disse. "A participação da Jucepar é muito importante para conectar e aproximar ainda mais o governo com as pautas dos municípios”.

CALENDÁRIO – Outros cinco encontros regionais de políticas públicas estão agendados para acontecer no Interior do Estado. Os eventos serão sediados em Pato Branco, Cascavel, Ponta Grossa e Curitiba.

 

 

 

 

 

 

Por - AEN

feed-image
SICREDI 02