Acompanhado de técnicos, Brito disse que o ministério tem um orçamento de R$ 4 bilhões para 2013 para aplicar no fomento da aquicultura. O Plano Safra da Pesca e Aquicultura visa desenvolver uma produção de 2 milhões de toneladas de pescado em dois anos. “Estamos levantando os problemas de cada região para levarmos ao ministro Crivella e buscar soluções”, explicou.
Ele anunciou a abertura de um escritório do órgão em Foz do Iguaçu, para atender os produtores da região. Destacou, ainda, que 90% dos problemas encontrados no setor poderão ser resolvidos pela superintendência no Estado. “Os produtores da Coperçu dão exemplo de união e mostram que todos querem produzir. Considero este o melhor momento para alavancarmos este projeto”, frisou.
O superintendente tinha agenda marcada com representantes da Polícia e Receita Federal, para viabilizar embarcações, motores e caminhonetas, que serão destinadas ao órgão e associações de pescadores do Paraná.
Falta de técnicos e capacitação
O presidente da Coperçu, Paulo Langni, comentou as dificuldades enfrentadas pelos produtores e a cooperativa, como a falta de técnicos capacitados para atender o setor, a burocracia e a desinformação no sistema financeiro para o acesso aos créditos agrícolas da produção de peixes. “Os recursos existem, mas são inacessíveis pela falta de técnicos, principalmente nos agentes financiadores”, lamenta Langni.
O presidente destaca que a Coperçu tem uma produção de 30 mil toneladas por ano, mas a capacidade é de 100 mil. “Temos licenças ambientais, domínio territorial e condições de fazer do Estado um dos maiores produtores de pescados”, observa.
Integração
A Cooperativa firmou convênio com a Cooperativa Agroindustrial Consolata (Copacol), que vem garantindo a venda de todo o pescado produzido neste momento. O agricultor Antonio Oening preside um dos grupos que compõem a Coperçu. Segundo ele, é importante que o ministério dê condições para que os produtores tenham acesso ao crédito deste setor via créditos coletivos para as associações e cooperativas. Isto tornaria o processo mais ágil. “Estamos embrionários nas questões do cultivo do peixe no Brasil, com extensas áreas de lagos, para uma atividade alternativa de produção para os pequenos produtores rurais e lindeiros”, avalia o agricultor.
Deverá ser agendado para os próximos dias um encontro na região com os prefeitos eleitos que compõem as associações do Procaxias e Cantuquiriguaçu, com a superintendência e o ministro da Pesca, Marcelo Crivella.
Fonte - Jornal Correio do Povo