A detecção das micro-ondas eram usadas durante a Segunda Guerra Mundial, para identificar a presença de aeronaves inimigas através da relação entre o comprimento e a frequência das ondas emitidas pelo veículo.

Só um pouco mais tarde é que o engenheiro Percy L. Spencer percebeu que essa mesma tecnologia poderia ser muito útil na culinária ao notar que um chocolate em seu bolso derreteu quando ele estava perto de um tubo de magnétron ligado. Aí, estava constatado que a "agitação" das moléculas de um alimento absorvia calor, o que o aquecia. Essa dinâmica é conhecida como aquecimento dielétrico. 

Desde a sua primeira versão, com 1,5 metros de altura e 340 kg e depois sendo adaptado para as dimensões que conhecemos hoje, o aparelho já despertou muita polêmica e demorou para ser aceito. 

Acreditava-se que o forno de micro-ondas emitia a mesma quantidade de radiação que os exames de raio-x, o que supostamente acabaria com a qualidade dos alimentos e com a saúde de quem ficasse ao redor do eletrodoméstico durante o seu funcionamento. 

Ficou provado que uma coisa não tinha nada a ver com a outra, o que não foi suficiente para acabar com a desconfiança de todo mundo. Desse modo, até hoje algumas pessoas têm resistência em utilizar esse tipo de forno. 

Mas afinal, o forno micro-ondas realmente acaba com os nutrientes dos alimentos? 

Na verdade não. O máximo que pode acontecer é deixar uma pizza ou um pão duros ou secos. 

O que o eletrodoméstico faz é agitar as moléculas de água dos alimentos conforme as ondas oscilam dentro do aparelho (2,45 bilhões de vezes por segundo). Esse processo fricciona as moléculas, e altera somente a temperatura da comida, e não a sua qualidade. 

Esse aquecimento acontece da mesma forma em que se esfrega as mãos para esquentá-las em um dia frio. Portanto, dispense o medo e aproveite a praticidade que esse forno pode trazer para a sua cozinha. (Com Super Interessante)