O problema é comum também em municípios do Oeste. Recentemente, a preocupação com o tamanho do número de atestados, e seus prejuízos, foi manifestada pelo prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos.
Mas a situação não é exclusividade de municípios de porte maior. Adelar Arrosi (PSDB), que está em seu terceiro mandato em Ibema, afirma que os atestados são elevados também nas cidades menores.
Em Ibema, de acordo com o prefeito, são cinco atestados em média por semana. Ou seja: são 25 dias não trabalhados na semana. Ibema, município com 6,3 mil habitantes e 220 servidores na prefeitura.
O valor desses atestados custa caro ao conjunto social. Em Ibema, o valor médio estimado por dia não trabalhado é de R$ 93,33, ou de R$ 9.330,00 por mês.
Em um ano, a ausência no trabalho de servidores públicos que pedem atestados médicos chega aos R$ 111.996,00 e R$ 447.984,00 em 4 anos, “É muito dinheiro, principalmente em uma época de tantas dificuldades e questionamentos tão sérios sobre a aplicação do dinheiro do contribuinte”, conforme Adelar Arrosi.
É claro que há situações em que o atestado justifica sua emissão, de acordo com o prefeito. Mas há casos de corrupção, pela emissão sem qualquer necessidade, no minimo duvidosos.
Exemplos: casos de servidor de atestado passeando em Cascavel, Foz do Iguaçu, frequentando roda de amigos (as) e até casos de consumo de bebidas alcoólicas, procedimentos no minimo incoerente para quem esta de repouso médico.
No entanto, via de regra, o número de atestados solicitados por servidores na grande maioria dos municípios brasileiros é muito maior que a média da iniciativa privada.
O número chega a ser dez, 15 vezes maior. Essa realidade demonstra o quanto as pessoas, incluindo a classe médica, ainda precisam avançar para ser responsáveis, éticas e para tratar o dinheiro dos impostos com o respeito que merece.
A corrupção ocorre pelo ato e não pelo valor monetário, conclui Adelar Arrosi.
Por Assessoria