Sábado, 25 Abril 2015 22:03

Reserva do Iguaçu - Campanha para ajudar Leandro a realizar o tratamento continua

Muitas pessoas estão engajadas e pedem a ajuda de todos para poderem arrecadar os R$ 100 mil que faltam para o tratamento do garoto reservense.

 

O reservense Leandro Souza de Lima, aos nove anos tinha muita dificuldade para andar e caía muito e, com o passar do tempo, passou a ter dificuldades até para subir pequenas escadas.

 

Foi quando recebeu o diagnóstico de Distrofia Muscular, do tipo Duchenne. A doença hereditária é causada por um gene defeituoso que causa fraqueza muscular, que piora rapidamente. Tal distrofia ocorre em 1 a cada 3.600 meninos.

 

Hoje, com 16 anos, Leandro está em uma cadeira de rodas e depende totalmente de terceiros. A doença está em estágio avançado. Ele mora com os pais e dois irmãos mais novos em uma vila rural no vizinho município de Reserva do Iguaçu. O pai Aroldo é auxiliar de motorista e a mãe Jucemara é dona de casa. "Ele é corintiano e gosta de ficar quietinho assistindo tevê. Gosta muito de assistir desenhos animados", contam os pais.

 

O fisioterapeuta Ronerson Epifanio Oliveira, que trabalha na região há sete anos, conheceu Leandro durante tratamento na Apae. Ele explica que a doença desenvolve apenas no sexo masculino, e que os pais começam a notar geralmente a partir dos 5 anos de idade do filho, quando ele começa a ter uma fraqueza muscular. "Negligencia subir escadas, começa a cansar muito e ter muitas quedas. A doença é identificada através de exame de sangue e de uma biópsia muscular. A panturrilha apresenta um falso volume, que é a pseudo hipertrofia, onde a gordura começa a substituir as fibras musculares, e a criança com o tempo começa a perder os movimentos".

 

Lembra que quando o Leandro começou o tratamento na Apae era um menino bem magro e descia e subia as escadas do ônibus sozinho. E hoje está com mais de 80 quilos e, infelizmente, não anda mais. "Como a doença é progressiva, ele foi perdendo os movimentos. Hoje está na cadeira de rodas e tem apenas o movimento de flexão do cotovelo. Consegue se alimentar, mas com os braços encima da mesa. É dependente total "Para piorar o quadro, os últimos exames apresentaram hipotireoidismo.

 

A Duchenne não tem cura, porque é uma doença ligada ao DNA da pessoa portadora. O fisioterapeuta conta, que a partir dos 5 anos de idade os músculos vão atrofiando até chegar nos últimos, diafragma e coração, que é quando o portador entra em óbito.

 

 

Corrida contra o tempo

 

Como em julho Leandro completa 17 anos, então é uma corrida contra o tempo. A única esperança deste jovem reservense é uma aplicação de células tronco, que infelizmente não existe ainda no Brasil. O tratamento é encontrado em um hospital na Tailândia e, mais recentemente, em uma clínica na cidade de Hernandarias, no Paraguai. "Na Tailândia como teriam que ir pelo menos umas quatro vezes e com o dólar o preço que está, custaria meio milhão. Um valor inviável. Mas, descobrimos o tratamento mais perto e mais barato através de um pai que levou seu filho no país vizinho e obteve ótimos resultados".

 

O presidente da Apae de Reserva do Iguaçu, Luiz Augusto Marques Ludwig, entrou em contato com a clínica e o próprio médico respondeu, que por se tratar de uma criança da Apae não cobraria a avaliação. "Então marcamos logo uma consulta e fomos para lá com o Leandro. Uma clínica de primeira linha e de alta qualidade. O médico formado em Santa Catarina e se especializou nos Estados Unidos na área. Ele explicou muito bem para o pai e a mãe sobre a doença e sobre o tratamento", afirma Ronerson Oliveira.

 

O tratamento de sete meses vai custar em média R$ 160 mil. A família através de campanhas já conseguiu R$ 60 mil, faltam ainda R$ 100 mil. "Chegando os resultados dos exames, vamos saber realmente o valor total. Com os 60 mil consegue apenas começar, mas de nada adianta se não tiver o restante do dinheiro, acaba perdendo o que melhorar e todo o tratamento. Então, para começar precisa ter 85% do valor", observa o fisioterapeuta. Além dos custos de viagem, estadia e alimentação.

 

O pai de Leandro tinha a esperança de vender sua parte de um terreno que herdou com os irmãos. Mas, devido à documentação de inventário não poderá contar com o dinheiro.

 

Nos próximos dias uma pinhãoense promoverá um jantar para ajudar na arrecadação. E um reservense está organizando uma promoção na pista de laço de Reserva do Iguaçu. Os eventos ainda não têm data marcada.

 

Para que o jovem tenha esperança de cura, há sete meses foi aberta a campanha ‘Por favor, ajude-me... o tempo de vida que tenho depende de você e de sua doação!'. Qualquer valor pode ajudar muito. Doações podem ser realizadas na conta do Banco do Brasil: Leandro Souza Lima, agência 8277-5, poupança 829-x.

 

Quem quiser entrar em contato com o jovem e sua família pode ligar no (42) 8869-2670 ou 8851-3163, ou, ainda, pelo e-mail: salve-leandro@outlook.com. Para fazer uma visita ao garoto, pode seguir até a Quadra 03, lote 14, na Vila Rural de Reserva do Iguaçu. Ou ainda, entrar em contato com os parceiros: Apae Reserva do Iguaçu (3675 1377), com o assistente social Edimar Sbalcheiro (8847-7259), a fonoaudióloga Ana Luiza (8402-3480), o fisioterapeuta Ronerson Epifanio Oliveira (9901-3797), a terapeuta ocupacional Ana Rosa (9816-8556) e a psicóloga Andréia (8806-2008). (Com Jornal Fatos do Iguaçu)

 

 

 

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