Sábado, 23 Março 2013 02:00

Guaraniaçu - Vereadores ouvem da diretoria do Hospital Santo Anotnio números da instituição

Durante reunião realizada no último dia 12 nas dependências do Poder Legislativo de Guaraniaçu, os vereadores ficaram a par da atual situação do Hospital Santo Antonio.

 

A entidade é mantida pela Fundação de Saúde Santo Antonio e que atende pacientes do município e de cidades vizinhas como Campo Bonito, Diamente do Sul, Ibema e Catanduvas.

 

O encontro solicitado pela Comissão de Educação, Saúde e Assistência Social da Casa de Leis, também teve a participação dos integrantes do Conselho Municipal de Saúde, da secretária de Saúde Roseli Rabel Padilha e dos membros da diretoria da Fundação que fizeram explanações relacionadas ao atendimento e às questões financeiras da unidade hospitalar, entre outros assuntos. “Essa é a primeira vez que vereadores, a gestão do hospital e o conselho de saúde se reúnem, o que muito importante pra população”, diz o vereador Paulo Pandini.

 

O presidente da Fundação Lourenço Pietrobom, juntamente com frei Gilson Miguel Nunes, provedor do Hospital Santo Antonio, apresentaram os números relacionados às finanças da entidade e que não são nada animadores.

 

Para se ter ideia, em janeiro deste ano, a entidade teve uma arrecadação na casa dos R$ 75 mil, enquanto as despesas chegam próximo de R$ 100 mil. Um déficit de quase R$ 25 mil somente no primeiro mês do ano, mas, segundo os administradores, em média, o hospital arrecada R$ 20 mil a menos do que gasta. O vereador Marcelo Corona afirmou ter sido extremamente positivo um encontro como este e ressaltou que não sabia o grau das dificuldades da instituição. “Eu mesmo não sabia que o repasse do SUS – Sistema Único de Saúde, não cobre nem o valor da folha de pagamento dos funcionários”, comenta.

 

A comunidade tem oferecido grande auxílio à Fundação no que diz respeito à realização de promoções para angariar fundos para a entidade, e todas as arrecadações tem sido de grande valia, tendo em vista que muitas despesas foram quitadas com essas promoções. O décimo terceiro salário dos funcionários referente ao ano de 2012, por exemplo, foi pago com recursos provenientes de promoções.

 

De acordo com Pietrobom, repasses que devem ser feitos pelas cidades de Campo Bonito e Catanduvas, como auxílio pelo atendimento de pacientes lá residem, bem como de repasses a serem feitos pelo Cisop (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná), devem chegar próximo a R$ 100 mil. Um valor que deve cobrir as despesas do hospital, mensalmente.

 

Os vereadores também questionaram o montante de dívidas que a Fundação acumulou há vários anos. Atualmente são em torno de R$ 407 mil de dívidas que estão sendo pagas parceladamente. Somente com o INSS, a dívida da instituição. herdada pela atual diretoria, hoje é de aproximadamente R$ 137 mil.

 

Com relação ao atendimento, a diretoria da Fundação expos o principal problema da entidade que é a falta de médico. O hospital conseguiu melhorar sua estrutura, fez a aquisição de novos mobiliários, mais medicamentos e algumas reformas para melhorar o atendimento, porém, não há médicos que queiram prestar plantão no hospital diariamente. Dois profissionais que residem na cidade prestam atendimentos emergências, mas o ideal seria que o médico estivesse prestando plantão exclusivo do hospital.

 

O vereador Volnei Antonio Dall’Agnolo que, apesar de não estar muito otimista conta que a reunião foi válida a nível de esclarecimento cita que, talvez, a solução para o problemas da entidade esteja “na Filantropia, pois aí se criam os convênios com o os Governos Federal e Estadual”.

 

O vereador Carlão frisou a importância da participação dos vereadores. “É muito importante a questão dos agentes políticos ficarem sabendo que o hospital está trabalhando em déficit, e que bom que há previsão de equilíbrio para os próximos meses”, conta. 

 

 

 

Por Alini Bianco

 

 

 

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