Sexta, 26 Julho 2013 21:57

Monitoramento de fronteiras no Sul deve começar pelo Paraná, pede Beto Richa

O governador Beto Richa encaminhou nesta semana um ofício ao Ministério da Defesa solicitando que a segunda fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras seja implantada na região de fronteira do Paraná com o Paraguai e Argentina.

 

“Por sua posição estratégica, entendemos que o Paraná tem que receber esse projeto que será fundamental para o combate da criminalidade no Brasil”, disse o governador.

 

O programa, que terá investimento de R$ 11,9 bilhões em dez anos, irá fortalecer a atuação do Exército garantindo mais infraestrutura no controle e combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas e armas na faixa de fronteira do Brasil. Ele prevê investimentos de R$ 5,9 bilhões em infraestrutura tecnológica, R$ 3 bilhões em infraestrutura de obras civis e R$ 3 bilhões para infraestrutura de apoio à atuação operacional em toda a fronteira terrestre nas regiões Norte, Centro Oeste e Sul.

 

A primeira fase está sendo implantada neste ano no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, na fronteira terrestre com Paraguai e Bolívia. “Daremos todas as condições às Forças Armadas, principalmente ao Exército, para que executem as ações já em 2014, pois o Paraná pode contribuir com os objetivos do Sisfron. Esse é um projeto de Estado e não de governo”, afirmou Richa.

 

O Paraná tem 19 municípios que fazem fronteira direta com o Paraguai e a Argentina, numa extensão territorial de 1,4 mil quilômetros, e outros 120 municípios na área de influência da fronteira. Os principais crimes cometidos na região são tráfico de drogas, tráfico de armas, explosivos e munições, contrabando e exportação ilegal, roubo e furto de veículos, imigração ilegal de pessoas, bem como a atuação do crime organizado internacional.

 

“Essa segunda etapa poderá contar com o total apoio do governo do Paraná, já que identificamos toda uma oferta de infraestrutura ao projeto”, esclareceu o governador no ofício enviado ao ministro Celso Amorim. O Sisfron é um projeto integrado entre as forças policiais e que prevê aumento de efetivo, construção de novas bases e investimentos em tecnologia para o monitoramento dos 16 mil quilômetros da faixa de fronteira terrestre brasileira.

 

Os secretários da Segurança, Cid Vasques, e de Representação do Paraná em Brasília, Amauri Escudero, participaram de encontros com os responsáveis pelo Exército na execução do programa, principalmente os generais Antonino dos Santos Guerra Neto e João Roberto de Oliveira. “A implantação desse investimento trará enormes ganhos ao Paraná. Confiamos que o Ministério da Defesa atenderá o pedido do governador Beto Richa para esta segunda fase, estendendo a estrutura de monitoramento que está sendo montada na fronteira com o Paraguai”, disse Amauri Escudero.

 

Ele destacou que ainda que o projeto trará novas oportunidades de negócios para as empresas de tecnologia paranaenses para as inovações com conteúdo nacional exigidos para os novos radares, sistemas de comunicação e veículos aéreos não tripulados ao Exército.

 

PARCERIAS – “O Paraná desenvolve também programas específicos na área de Segurança Pública, que podem ser perfeitamente integrados ao Sisfron”, disse o governador, ao citar como exemplo o Batalhão de Fronteira da Polícia Militar, sediado em Marechal Cândido Rondon.

 

Richa citou alguns fatores que são decisivos para a escolha do Paraná, como as unidades do Exército, Aeronáutica e Marinha próximas à fronteira internacional, rodovias asfaltadas, rede de comunicação de dados e telefonia celular e fixa, aeroportos estaduais asfaltados à disposição para sediar as aeronaves remotamente pilotadas, desde o início de nossa fronteira com o Paraguai (Guaíra) até a Argentina (Barracão), passando pela tríplice fronteira em Foz do Iguaçu.

 

O governador sugeriu ainda que a Celepar atue junto ao governo federal no desenvolvimento de produtos nacionais de Defesa Cibernética, bem como compartilhar os dados obtidos no monitoramento para uso civil, como controle de cargas, combate a sonegação fiscal, defesa agropecuária entre outros programas que podem ser integrados. 

 

 

 

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