Sexta, 28 Julho 2017 11:44

Paraná confirma oito casos de hepatite por dia; 20% não sabe que é portador

Doença caracterizada pela inflamação do fígado, a hepatite é um grave problema de saúde pública em todo o mundo.

 

Apenas no Paraná, segundo dados do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, são confirmados uma média de oito casos por dia das hepatites virais causadas pelos vírus A, B, C e D — o vírus E é mais frequente na África e na Ásia.

 

Já no Brasil, a média é de 96 casos confirmados diariamente. Hoje, é o Dia Mundial de Combate às Hepatites.

 

Ainda de acordo com o Departamento, ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015, último ano com dados consolidados, foram confirmados 17.248 casos no Paraná, sendo 2.829 somente no último ano.

 

O tipo viral mais comum é o B, responsável por 71% das notificações, seguido pelos casos de hepatite C (25,1%), hepatite A (3,5%) e hepatite D (0,4%). 

 

O Dia Mundial da Hepatite é uma data criada em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a fim de proporcionar uma oportunidade para sensibilizar e gerar uma maior compressnsão em relação à doença como um problema global de saúde pública, além de incentivar o reforço nas medidas de prevenção e controle em relação à morbidade e mortalidade.

 

Considerada um problema mundial de saúde pública, a hepatite pode levar a problemas hepáticos graves causando a morte. A estimativa da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) é de que no país há entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas com hepatite, mas só cerca de 300 mil sabem que têm a doença. É que a doença é silenciosa, ou seja, nem sempre apresenta sintomas. Quando eles aparecem, porém, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

 

Caso a doença não seja descoberta e tratada, pode o risco de evoluir (tornar-se crônica) e causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer.

 

Risco de contaminação

 

Para saber se há necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe se você já se expôs a situações como: 

 

Contágio fecal-oral (ocondições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos), que transmite os vírus A e E

 

Transmissão sanguínea (prática de sexo desprotegido, compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam), com risco de transmissão dos vírus B, C

 

Transmissão sanguínea da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D). Ressalta-se, ainda que no caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue

 

Cerca de 20% não sabe ser portador da doença

 

Dados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que desde 2007 os casos de hepatites virais vêm diminuindo no Paraná. Entretanto, os números ainda assustam. Nos últimos três anos, 9.557 casos de hepatite A, B e C foram registrados no Estado. A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 1,5 milhão de pessoas sofram destas doenças no Brasil e apenas 20% delas sabem que estão doentes.

 

“As hepatites virais representam uma importante questão de saúde pública. O Paraná oferece capacitações constantes aos profissionais de saúde e testes rápidos em eventos e nas unidades de saúde dos 399 municípios do Estado para identificar e tratar adequadamente essa doença”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde, Julia Cordellini.

 

Tratamento — O tratamento, feito com retro antivirais, varia de paciente para paciente, levando em consideração seu histórico de doenças e se possui alguma outra enfermidade. Os medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.

 

Como prevenção, o Governo do Estado oferta ainda a vacina contra a hepatite B. Para a proteção contra esta doença são necessárias três doses com intervalos regulares. Desde o começo do ano, esta vacina não possui mais público prioritário e pode ser tomada por qualquer pessoa, independente de idade, sexo e condição de vulnerabilidade. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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