Quarta, 21 Junho 2017 10:26

Pedidos de refúgio crescem 22% no Paraná

O Paraná registrou um crescimento de 22% no número de pedidos de refúgio no ano passado. Segundo dados da Polícia Federal, 455 pessoas pediam refúgio no Estado em 2016, enquanto em 2015 haviam sido 374.

 

A maioria dos pedidos vem de pessoas que querem deixar os seguintes países: Líbano, Haiti, Síria, Palestina, Índia, Iraque, Jordânia, Cuba, Egito, Paquistão, Turquia, Venezuela. 

 

Nesta terça dia 20, inclusive, foi comemorado o Dia Mundial do Refugiado. A data, instituída em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem o intuito de conscientizar os governantes e a população mundial para o problema daqueles que são obrigados a fugir por causa de perseguições pela sua raça, naturalidade, religião, grupo social ou opinião política.

 

Em Curitiba, um dos refugiados que conseguiu a permanência humanitária no país foi Amr Houdaifa. Ele chegou ao Brasil em 11 de março de 2015, depois de deixar a Síria por causa da guerra. Aos 27 anos, formado em jornalismo e direito, trabalha aqui fazendo comidas típicas para vender.

 

Antes de chegar à América do Sul com os dois irmãos, porém, tentou viver no Líbano e trabalhou lá como jornalista, mas não conseguiu visto para ficar no país. No final das contas, porém, acredita que teve sorte por conseguir vir ao Brasil.

 

“A hospitalidade aqui é linda. O brasileiro acredita que esse é um país pra todos”, conta ele sobre as impressões que teve do povo brasileiro.

 

Paraná assina protocolo de intenções

 

No Paraná, as comemorações por conta do Dia Mundial do Refugiado acontecerão hoje, com a assinatura do protocolo de intenções de caráter humanitário, para promoção e defesa dos direitos dos migrantes, refugiados e apátridas que vivem no estado.

 

Participam da assinatura do documento o Governo do Estado, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Paraná, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União, a Defensoria Pública do Estado do Paraná, a Polícia Federal, a Universidade Federal do Paraná, o Banco do Brasil e a Fomento Paraná.

 

“Esse documento é uma maneira de colocar em prática as garantias legais a quem chega ao Estado, como questões de visto, trabalho e educação. Temos a participação do Banco do Brasil e da Fomento Paraná para estimular a concessão de crédito aos estrangeiros. Esse protocolo é uma maneira também de facilitar a articulação entre as diversas instituições que atendem aos migrantes, refugiados e apátridas”, comenta Artagão Júnior.

 

Durante o evento será inaugurada também a exposição Novo Olhar Num Novo Lugar - Migrantes e Refugiados em Foco. A mostra é o resultado do trabalho do fotógrafo Denis Ferreira Netto e de refugiados que vivem em Curitiba e será exibida durante toda a semana, no CEIM.

 

Ainda hoje, será exibido o filme “A linguagem do Coração”, dirigido por Silvana Nuti. A película de 32 minutos conta um pouco da trajetória de migrantes e refugiados na chegada ao Brasil. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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