Quinta, 04 Maio 2017 09:46

Número de homicídios cai 14,3% no Paraná

O número de homicídios dolosos (com intenção de matar) caiu 14,35% no Paraná nos três primeiros meses de 2017, em relação ao mesmo período de 2016.

 

Neste ano, foram registrados 585 casos, contra 683 no primeiro trimestre do ano passado. 

 

Em Curitiba a redução foi mais expressiva, de 31,5%, enquanto na Região Metropolitana da capital (RMC) a queda foi de 29%.

 

Os dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária nesta quarta-feira (03).

 

O governador Beto Richa comentou os números dos primeiros três meses do ano e afirmou que o Paraná está colhendo resultados dos investimentos e das ações para ampliar a segurança da população. 

 

“Investimos na contratação de policiais, equipamentos, viaturas e inteligência, dentro do Paraná Seguro, o primeiro grande programa articulado de segurança já realizado no Paraná”, disse Richa.

 

“A maior presença de policiais nas ruas e as ações sistemáticas das polícias resultam nesta redução dos homicídios”, completou. 

 

O relatório revela que a capital e municípios do entorno tiveram os menores índices de homicídios para o período desde que começou a série histórica, há dez anos.

 

Em Curitiba, foram registradas 100 mortes e nos municípios vizinhos 127 casos. A RMC concentra aproximadamente 40% do total de casos de homicídios dolosos registrados no Estado. 

 

“A Polícia Civil e Polícia Militar têm trabalhado de forma incansável para reduzir a incidência criminal em nosso Estado. Tivemos ao longo de 2016 investimentos essenciais, feitos pelo Governo do Estado, que já estão impactando diretamente na redução dos homicídios”, explicou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.

 

Ele destaca a contratação de 3 mil novos soldados da PM, que reforçaram a segurança nas ruas em todo o Estado. Desde 2011, o Governo do Paraná contratou 10,8 mil policiais e adquiriu mais de 3,5 mil viaturas – além da locação de outros 250 veículos

 

REDUÇÕES

 

Das 23 Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp), nas quais o Estado é dividido para fins de análise, 13 apresentaram diminuição expressiva no número de homicídios nos primeiros três meses de 2017. 

 

Além de Curitiba, RMC e Litoral, no interior o índice de assassinatos caiu nas mais diversas regiões. Na de Foz do Iguaçu, a queda chegou a 40% e na região de Francisco Beltrão, a redução foi de 37,5%. No Litoral a queda foi de 21%.

 

Reduções também ocorreram nas regiões de Londrina (-16%), Umuarama (-24%) e Paranavaí (-17%), conforme aponta o relatório produzido pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Segurança Pública. Já regiões como Campo Mourão e Maringá tiveram aumento no índice, de 36% e 21%, respectivamente.

 

“O resultado deste primeiro trimestre de 2017 é uma resposta ao ano passado, que teve um leve acréscimo de 2,4% no número de homicídios em todo o Estado, comparando com 2015”, comparou o secretário Mesquita. 

 

REPRESSÃO

 

“Desde o início do governo Beto Richa, em 2011, houve uma atuação muito intensa de repressão aos crimes de homicídios”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Júlio Cezar dos Reis.

 

Ele destaca a criação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba, e a instalação de delegacias especializadas de homicídios no interior, além do trabalho integrado das polícias. 

 

Para o delegado-titular da DHPP, Fábio Amaro, uma série de fatores contribuiu para a queda expressiva de assassinatos na capital.

 

Ele destaca a reativação de um Disque-Denúncia específico da delegacia e as operações conjuntas entre as polícias Civil e Militar nos locais com maior incidência de homicídios. “Só nestes primeiros três meses de 2017, 29 suspeitos de assassinato foram presos pela DHPP”, informa.

 

CRIMES PATRIMONIAIS

 

Outro foco da segurança pública em 2016 foi o combate aos crimes patrimoniais – furtos e roubos.

 

Este índice criminal aumentou em praticamente todos os estados do País – alguns deles registrando acréscimo superior a 50%. No Paraná a taxa foi 9% superior a 2015.

 

“O ano de 2016 foi atípico para a área da segurança pública, muito por conta do clima de instabilidade do país e pela grave crise financeira, com reflexos em todos os estados da federação”, analisa Wagner Mesquita. 

 

O secretário ressalta as medidas adotadas para combater os crimes contra o patrimônio, destacando a Operação Impacto que envolveu as forças de segurança de todo o Estado.

 

“Houve um reforço de cerca de 800 policiais e 200 novas viaturas locadas somente nas ruas de Curitiba e região metropolitana”.

 

VIATURAS

 

Ele afirmou que diante do resultado positivo da Operação Impacto, que ajudou de forma determinante a frear os casos de furtos e roubos, será ampliado o contrato de locação das viaturas da Polícia Militar para o interior do Estado. “Os veículos serão distribuídos conforme o mapa criminal”, adiantou o secretário. 

 

A maior presença policial na rua foi determinante para frear os furtos e roubos no Paraná em 2016. Desde meados do ano passado, a corporação tem utilizado novas viaturas policiais, locados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.

 

No início deste ano começaram a ser aplicados no policiamento os novos soldados contratados pelo Governo do Estado.

 

“Diuturnamente são feitas as rondas com motocicletas, viaturas, com embarcações e também a pé, em locais e horários pré-definidos pelo mapa do crime, para prevenir a criminalidade e contribuir com a redução dos índices estatísticos”, explica Mesquita.

 

“As ações são feitas em parceria também com outras forças de Segurança Pública”. (Com AEN)

 

 

 

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