A resolução com a nova representatividade dos estados foi publicada nesta semana pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O presidente estadual do DEM, deputado Elio Rusch, é contra a mudança e lamentou a diminuição do número de cadeiras na Assembleia. “Vamos deixar de eleger um deputado. A representatividade é sempre importante porque ninguém quer perder espaço. A região Oeste poderia ganhar um deputado a mais. Na eleição de 2010, por exemplo, o (Elton) Welter e o Duílio (Genari) ficaram na suplência”, frisou Rusch.
Para o presidente dos Democratas, só resta aos partidos acatarem a norma do TSE. O presidente estadual do PSB, Severino Araújo, disse que os partidos terão que “trabalhar um pouco mais” para eleger os seus candidatos.
“Essa nova representatividade vai implicar no aumento do coeficiente eleitoral para eleger o deputado. A mudança será pequena, mas na hora do resultado pode significar o ganho ou a perda de uma cadeira. Na eleição de 2010, por exemplo, o PSB fez 4,8% dos votos válidos para deputado federal e se tivéssemos atingido 5%, o partido elegeria mais um representante”, explicou Severino.
Para o presidente do PSD no Paraná, deputado federal Eduardo Sciarra, essa decisão do TSE deveria ser discutida pelo Congresso Nacional. “No entendimento do jurídico do nosso partido esse é um assunto que precisa passar pelos deputados e senadores. Há um questionamento que está sendo feito ao Supremo Tribunal Federal nesse sentido a fim de derrubar a posição do TSE”, afirmou Sciarra.
Ele disse que a diminuição da representatividade do Paraná na Câmara Federal e na Assembleia foi assunto de uma conversa anteontem da bancada federal paranaense e com o governador Beto Richa (PSDB). Segundo Sciarra, governo e a Assembleia também devem questionar a mudança no número de cadeiras.
O presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), considera injusta a resolução do TSE. “Se todos os estados diminuírem o número de deputados, eu sou favorável, mas não é assim, o TSE está diminuindo de apenas alguns estados. Vamos lutar para não perder esse espaço, porque é menos uma pessoa para defender os interesses do Paraná”, afirmou Rossoni.
O NOVO MAPA
A redução foi causada pela nova representação populacional calculada pelo TSE, que nesta semana divulgou oficialmente o novo mapa político para as eleições 2014. O total de vagas para parlamentares estaduais/distritais (somando todos os Estados e o Distrito Federal) será de 1.049, dez a menos que no pleito de 2010.
As vagas de parlamentares estaduais foram recalculadas após uma nova definição nas bancadas federais, em virtude da análise de um pedido feito pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, que foi deferido pelo TSE, por maioria, na sessão do dia 9 de abril deste ano.
No caso do Paraná, o número de vagas à Câmara Federal vai cair de 30 para 29, e na Assembleia, de 54 para 53.
Fonte - O Paraná
