Segundo dados da Caixa Econômica Federal, na primeira fase, realizada entre os dias 10 e 31 de março, 570 mil paranaenses realizaram o saque, o equivalente a 77% dos trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. Já o valor injetado no mercado chegou a R$ 448 milhões.

Mas, boa parte deste recurso foi usado para quitar dívidas. Rodrigo Rosalem, diretor de planejamento e gestão da Federação do Comércio do Paraná (Fecomercio), aponta que o impacto maior dos saques do FGTS foi com relação à queda do endividamento.

Em março, segundo pesquisa da instituição, o nível de endividamento caiu para 85,6%, a menor taxa desde junho do ano passado, quando havia sido registrado 85,5%. “E foi uma redução de 0,8 pontos percentuais, uma queda significativa”, aponta.

Os dados de vendas efetivas, por sua vez, indicam estabilidade com uma leve tendência de queda (pesquisa prévia de fevereiro).

No médio-longo prazo, contudo, Rosalem aposta em impactos positivos para o comércio, além de destacar que a medida foi uma escolha acertada do governo, já que dá ao trabalhador o direito de decidir com um dinheiro que é dele.

“Os dados de março, que vamos divulgar em maio, talvez já mostrem isso. Mas certamente vai ter impacto. A retração de consumo acontece por vários fatores. O primeiro a falta de recurso, de poder de compra.

O segundo, o acesso ao crédito, porque se estou endividado, não vou fazer mais dívida e, se estou inadimplente, não posso pegar crédito”, explica o diretor de planejamento e gestão da Fecomercio. “Indiretamente, então, a medida vai ser favorável ao consumo, ao comércio, por conta da redução do endividamento”, finaliza.

Segundo lote

O segundo lote de saques de contas inativas do FGTS começam a ser feitos neste sábado dia 08. A Caixa vai abrir as suas agências nestes dia. (Com Bem Paraná)