Para o pai, Julia morreu por negligência e a mãe muito abalada, cobra Justiça. Grávida de 39 semanas e perdendo líquido e sangue, Miglia foi levada pelo marido para o hospital na última segunda dia 31, e segundo Leonardo, “ela estava muito mal, mas o médico queria esperar para que ela tivesse parto normal. Na terça, vendo que a situação não evoluía, o médico pediu um exame de ultrassom e isso ocorreu no período da tarde."
O exame teria mostrado que não havia condições da mulher ser submetida a parto normal, pois o bebê era grande, estava com 3.950 kg e não havia dilatação suficiente. Por isso, marcou a cesariana para as 07h30min de quarta, dia de Finados. Ocorre que houve a troca de plantão e o médico insistia no parto induzido, mesmo com a mulher gritando de dor pelos quatro cantos.
"Até as enfermeiras pediram para o médico fazer a cesárea, mas ele não queria. Em determinado momento ele mandou dar uma injeção para induzir ao parto e ai foi o fim. As dores da minha esposa aumentaram, acelerou o trabalho de parto e ai foram fazer o parto normal e em determinado momento a minha filha saiu só com a cabecinha para fora e o corpo ficou preso porque não havia a dilatação, o que já era previsto. Tentaram de todo jeito, mas sem sucesso e a criança forte e linda, morreu. Tiveram que cortar fora o pescoço do bebê e ai correram para a ala cirúrgica para efetuar a retirada do corpo dela, a retiraram e costuraram o pescocinho dela para recompor o corpo", contou o pai.
A direção do hospital deverá se manifestar sobre o caso. (Com Radar BO)