A prova está marcada pra os dias 5 e 6 de novembro em todo o país.
Durante a manhã, os estudantes debatem a situação local de cada uma das 850 escolas ocupadas no Paraná. No balanço, são informados principais problemas e necessidades das ocupações. Durante a tarde, serão tomadas as decisões para o futuro do movimento.
Dezenas de ônibus trouxeram representantes de ocupações de todo o Paraná. Membros da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, União Nacional dos Estudantes e alunos de universidades ocupadas também participam da assembleia. Em todo o País são ao menos mil instituições ocupadas. Além dos estudantes, advogados do grupo Advogados Pela Democracia, membros da OAB, e da Defensoria Pública também estão no local.
Os membros resistem à representação da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes). A organização de cada célula do movimento é independente, mas unida pelo protesto contra a PEC 241 (Proposta de Emenda à Constituição), que limita os gastos públicos por um período de 20 anos e a MP 746 (Medida Provisória), que reforma o Ensino Médio. A Upes, porém, é responsável pela organização da assembleia e unificação do grupo por meio de páginas em redes sociais.
“O que as pessoas não entendem, não conseguem acreditar, é que estudantes podem se organizar sem ser manipulado por ninguém. Ninguém determina as ações do movimento. Os estudantes sabem o que estão fazendo”, disse uma estudante de Curitiba que pediu para não ser identificada.
Segundo o presidente da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), Matheus dos Santos, a entidade nunca se posicionou sobre as desocupações. “Não é a Upes que ocupa as escolas. São os estudantes que ocupam as escolas. A Upes representa os estudantes”, disse. “Não temos controle das decisões. Eles decidem por si. A perspectiva é de uma assembleia estadual, onde todas as decisões serão tomadas em conjunto. Eu represento uma entidade, meu papel é integrar e agir de acordo com o coletivo”, disse Matheus. (Com Paraná Portal)