Sexta, 06 Maio 2016 13:30

Genro mata sogro para ficar com herança no interior do Paraná

Menos de uma semana depois da morte do empresário português Garcia Pereira Marques, de 62 anos, a Polícia Civil de Maringá prendeu três pessoas e desvendou um engenhoso plano que tinha como objetivo matar a vítima.

 

Entre as pessoas detidas está um homem de 32 anos; uma mulher de 39; e outra de 29.

 

Ele é genro de Marques e confessou à polícia ter arquitetado a morte do sogro. Uma delas é a empregada doméstica que trabalhava na casa do suspeito. Foi ela quem disparou contra o empresário e para isso receberia R$ 20 mil.

 

A outra foi chamada pela empregada para dirigir o carro usado no crime e receberia R$ 2,5 mil. Para a polícia, uma das suspeitas é que o genro planejou a morte do empresário português para ficar com a herança estimada em até R$ 15 milhões.

 

“Foi uma investigação tensa, complexa e que demonstrou o comprometimento dos investigadores das delegacias de Furtos e Roubos e da de Homicídios de Maringá na busca da veracidade dos fatos. Foi uma resposta rápida da Polícia Civil que primeiramente se deparou com informações falsas do crime, mas que após diligências conseguiu chegar à autoria do homicídio”, avaliou o delegado- titular da 9ª Subdivisão de Maringá, Osmir Ferreira Neves Júnior.

 

CRIME

O empresário morreu na noite do último sábado, dia 30 numa estrada rural. O suspeito procurou a polícia pouco antes das 23h e relatou que era genro da vítima e que eles teriam saído de sua residência em direção a uma farmácia, quando foram abordados por um veículo. Neste momento, segundo ele, os homens do carro anunciaram um assalto.

 

O genro fala que conseguiu fugir e houve uma perseguição que se estendeu até uma estrada rural, quando ele e o sogro foram abordados pelos assaltantes. Neste momento, ainda de acordo com a versão do genro, o empresário teria sido rendido, mas o homem teria fugido e dirigiu o carro, a toda velocidade, até a delegacia para comunicar o caso.

 

A partir deste boletim de ocorrência, a polícia começou a investigar. Ao ter acesso às câmeras de segurança dos locais por onde o suspeito disse ter passado, os policiais perceberam que as imagens não condiziam com a versão dele. Uma das câmeras instaladas próximas a uma rotatória, local onde ele disse que foi abordado por assaltantes, as imagens mostram o carro do suspeito  andando devagar e sem qualquer outro veículo próximo. O carro dele chega a ficar parado na rotatória até o momento que um veículo escuro se aproxima.

 

A polícia acredita que ele estava aguardando a empregada chegar para abordá-los num falso assalto. A partir daí, os dois veículos se deslocaram até a zona rural onde o empresário foi morto. Minutos depois, as câmeras captam a imagem do carro do suspeito retornando.

 

CONFISSÃO

Após algumas diligências, a polícia desvendou o plano e pediu a prisão temporária dele. Quando confrontado com as imagens das câmeras, ele passou a confessar o crime. Ele disse que planejou a morte do sogro, com quem tinha um relacionamento difícil.

 

A arma usada foi um revólver calibre 38 de propriedade do próprio suspeito. Ele afirmou que entregou a arma para a empregada horas antes do crime. O revólver foi apreendido pela polícia na casa de uma amiga dela que foi autuada em flagrante por posse de arma de fogo. Segundo a polícia, esta mulher não tem envolvimento no crime assim como a filha da vítima.

 

Os três responderão pelo crime de homicídio qualificado. Ele ainda responderá por falsa comunicação de crime. Se condenados eles poderão pegar até 30 anos de cadeia. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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