Sexta, 09 Outubro 2015 10:03

Análise mede resíduos de agrotóxicos no Paraná

De 245 amostras avaliadas, 30 tinham irregularidades e seis estavam com níveis altos.

 

De um total de 245 amostras coletadas nas propriedades rurais do Paraná para análise do uso de agrotóxicos, em 30 delas foram encontradas irregularidades, seis estavam com níveis acima do limite permitido, 70 dentro do limite de tolerância e 139 sem vestígios das propriedades químicas analisadas.

 

O levantamento foi realizado pela equipe da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) entre outrubro de 2014 e agosto deste ano e os resultados das análises de resíduos de agrotóxicos nos alimentos produzidos no Estado, divulgados ontem. 

 

Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Marcilio Martins Araújo, as amostras foram coletadas no período em que as culturas estavam na época da colheita. “Com isso, pretendíamos verificar se os produtores, além de usar agrotóxicos, estavam respeitando o período de carência da aplicação, ou seja, o tempo que decorre entre a aplicação e o desaparecimento dos resíduos, de modo a não oferecer riscos para o consumo humano”, explica Araújo.

 

O gerente esclarece ainda que entre as irregularidades destes 30 produtos a mais comum foi o uso de produtos não permitidos para a cultura. Ele listou este tipo de problema em amostras de morango, camomila, feijão, trigo, berinjela, alface hidropônica, cebolinha e pimentão. 

 

Para os casos registrados em hortaliças, Araújo faz uma ressalva sobre a legislação. “Como a produção de holerículas é menor, os fabricantes não têm interesse em buscar o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a indicação de uso nestes produtos”, conta. Por isso, o uso é apontado como irregular, pois sem este registro não há indicação de dosagem e tampouco período de carência indicado para as culturas. 

 

A respeito do trigo, Araújo revela que 35 toneladas foram encontradas com traços de agrotóxicos fora do permitido pela Anvisa. Parte deste trigo foi destinado para a indústria de cola e outra parte interditada. “Essa parcela será destruída, assim como os demais produtos irregulares que foram encontrados”, diz. Os produtores poderão responder processos administrativos e, posteriormente, junto ao Ministério Público.(Com Bem Paraná)

 

 

 

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