Quarta, 01 Julho 2015 11:45

Acidentes de todos os tipos matam uma criança por dia no Paraná

Todos os dias pelo menos uma família paranaense fica de luto por conta da morte de uma criança, vítima de acidentes que vão desde quedas até sufocação.

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2009 e 2013 (último ano com dados disponíveis) 1915 crianças morreram no Paraná, o que dá uma média de 383 mortes por ano.

 

A principal causa das mortes são acidentes de trânsito, seguido por afogamentos e sufocamento.

 

Atualmente, acidentes ou lesões não intencionais representam a principal causa de morte de crianças no Brasil. Por ano, são cerca de 4,7 mil vítimas em todo o país, o que faz com que a questão se configure como assunto de saúde pública. Contudo, a maior parte dessas tragédias poderiam ser evitadas com atitudes de prevenção.

 

Entre as crianças que possuem menos de um ano de idade, o acidente que fez mais vítimas no Paraná foi a sufocação, ou obstrução das vias aéreas, responsável por 72% das tragédias nessa faixa etária. Entre 2009 e 2013, 296 bebês perderam a vida dessa forma. Isso acontece porque até os quatro anos a criança fica muito exposta, já que é quando ela começa a explorar o mundo ao seu redor por meio dos sentidos - tato, audição, paladar, visão e olfato.

 

Por isso, é essencial que os pais/responsáveis tomem alguns cuidados, como cortar os alimentos em pedaços bem pequenos, comprar somente brinquedos apropriados para a criança (verifique as indicação de idade no selo do Inmetro) e sempre verificar se o piso está livre de objetos pequenos como botões, moedas e tachinhas. Também é importante que o bebê durma em colchão firme, bem preso ao berço, e na posição correta.

 

Entre as crianças mais velhas (entre 1 e 14 anos), a principal causa de morte são os acidentes de trânsito, responsável por 44,4% das ocorrências. Esse percentual sobe a partir dos cinco anos, quando outras causas, como sufocamento, perdem participação.

 

Desde que a lei da cadeirinha entrou em vigor, em setembro de 2010, houve uma queda no número de mortes, mas o índice segue alto. Em 2009 e 2010, o total de mortes foi, respectivamente, de 154 e 158. Nos anos seguintes, houve uma redução de aproximadamente 14% no total de vítimas, mas o número ainda é alto: cerca de 135 mortes por ano, o que significa que a cada três dias uma criança morre no trânsito.

 

Por fim, temos os afogamentos. Responsáveis por 15% das mortes de crianças, esses acidentes acontecem de forma rápida e silenciosa, mas poderiam ser evitados com mais atenção e educação. Não se deve, por exemplo, deixar a criança sozinha na banheira, já que cerca de 10 segundos são suficientes para que ela fique submersa. Também é preciso ensiná-la a nadar apenas com um companheiro, e sempre respeitando placas de proibição nas praias.

 

 

Dicas para evitar acidentes

 

Afogamentos

 

- Nunca deixe as crianças sem vigilância próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água 

- Esvazie baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guarde-os sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças 

- Piscinas devem ser protegidas com cercas que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava que dificultem o acesso dos pequenos. Também use alarmes e capas de píscina para garantir mais proteção

 

 

Sufocamento

 

- Corte alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança

- Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia

 - Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora. O colchão deve estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica

 

 

Quedas

 

- Use portões de segurança no topo e na base das escadas. Se a escada for aberta, instale redes ao longo dela. Ponha antiderrapante nos tapetes

- Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos. As redes devem ter espaços de no máximo 6 cm; 

- Crianças devem ser sempre observadas quando estiverem brincando nos parquinhos. O risco de lesão é quatro vezes maior se a criança cair de um brinquedo com altura superior a 1,5 m.

 

 

Queimaduras

 

- Mantenha a criança longe da cozinha e do fogão

- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para trás, para evitar que as crianças entornem os conteúdos sobre elas

- Quando estiver segurando líquidos quentes, fique longe das crianças

 

 

Envenenamento / intoxicação

 

- Guarde todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance das crianças 

 - Saiba quais produtos são tóxicos. Produtos comuns, como enxaguantes bucais, podem ser nocivos se a criança engolir em grande quantidade; 

- Crianças com até dois anos de idade correm maior risco de envenenamento não intencional. Produtos de limpeza e medicamentos são riscos significativos. Os bebês também podem se envenenar respirando a fumaça de cigarros. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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