Em vista desse cenário, a secretária estadual da Educação, professora Ana Seres, orienta os pais de estudantes de todo o Estado a procurarem as escolas e colégios onde seus filhos estudam para se informar da real situação e conversar sobre a volta às aulas.
“Temos escolas abertas, onde os funcionários comparecem, mas as aulas não estão funcionando totalmente, pois não há estudantes”, explicou Ana Seres.
SALÁRIO MÉDIO - A secretária destacou que o Estado do Paraná paga R$ 4,7 mil de remuneração média ao professor, valor acima de vários outros estados, incluindo São Paulo.
Incluído o auxílio-transporte, o Paraná tem uma das melhores remunerações do País também já no início da carreira do educador. Para as 40 horas semanais trabalhadas, os professores recebem R$ 2.473,22 de salário mais R$ 721,48 de auxílio-transporte, totalizando uma remuneração mensal de R$ 3.194,70. O piso nacional para as mesmas 40 horas semanais é de R$ 1.917,78, enquanto a média salarial nacional para professores em início de carreira é de R$ 2.363,38.
Entre os estados da região Sul, o Paraná igualmente é o que paga os melhores salários para o início de carreira no magistério. No Rio Grande do Sul, quem começa a lecionar recebe R$ 1.260,20 para 40 horas por semana. Em Santa Catarina o salário inicial dos professores catarinenses é de R$ 2.268,50.
Em São Paulo, o docente começa a carreira com salário de R$ 2.415,89, para 40 horas semanais. No Rio de Janeiro, para a mesma carga horária, o professor recebe R$ 2.948,33 por mês. Na rede estadual de Minas Gerais, por exemplo, os professores com ensino médio e jornada de 40 horas semanais recebem R$ 2.061,68. Esse valor é pago em uma remuneração unificada, que inclui o valor-base do salário e gratificações. No Espírito Santo, a remuneração inicial para os professores é de R$ 1.982.
OUTROS AVANÇOS – A categoria não teve apenas avanços salariais. Foram contratados 23 mil novos profissionais para a educação nos últimos quatro anos. Somente neste ano, 5.981 novos professores ingressaram na rede estadual. Além disso, a hora-atividade (tempo reservado ao docente para preparar aulas, atividades em geral e corrigir provas e trabalhos) foi ampliada em 75% - um benefício que ficou quase uma década sem melhoria.
Nenhum estado do país paga 50% de hora-atividade, como reivindica o sindicato que representa a categoria no Estado. E, nos últimos quatro anos, a categoria obteve 60% de elevação salarial acumulada.
Fonte AEN (Agência de Notícias)