Para agravar ainda mais a situação, municípios da região de Guarapuava registraram uma queda drástica na arrecadação total, comparando com o mesmo período de 2014. “Para se ter uma ideia, no primeiro bimestre de 2015 nós arrecadamos R$ 800 mil a menos que 2014. Tivemos dificuldades, por exemplo, para o fechamento da folha de pagamento do mês de março”, explicou o prefeito de Pinhão, Dirceu de Oliveira. Para ele, se a situação não se normalizar nos próximos meses, muitas cidades terão que paralisar até mesmo serviços essenciais e obras que estão sendo executadas. “Nós estamos fazendo nossa parte. Estamos apertando o cinto e buscando alternativas de economia. Mas se a arrecadação não normalizar, setores considerados essenciais podem ser prejudicados”, enfatizou.
Em Candói, a Prefeitura já vem aplicando um regime de contenção há mais tempo, o que possibilitou que o prefeito Gelson da Costa e o vice Jeferson Morandi, executassem obras de grande volume com recursos próprios. “Gastamos somente o que temos em caixa. Além disso, trabalhamos em conjunto com a população, que define quais são as prioridades”, explicou Gelson durante a entrega de um trecho de pavimentação asfáltica de 25 quilômetros, executada completamente com recursos próprios. “Nossa meta é fechar 2015 com a entrega de R$ 15 milhões em obras para a população”, destacou o vice prefeito Jeferson Morandi.
SEM PREVISÃO
De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), os restos a pagar de 2014 serão reavaliados pelo Governo Federal até julho, e, por isso, não há a garantia de os Municípios verem os empenhos liquidados. A CNM orienta aos prefeitos para que participem da Marcha à Brasilia, que está sendo organizado para o mês de maio, de 25 a 28 de maio próximo. A Marcha está sendo considerada essencial para que as cidades reivindiquem os valores devidos junto ao Governo Federal.