"Vi o retrovisor quebrado e, na hora, já me deu uma raiva", relembra ele, em entrevista concedida ao UOL. "Aí passou uma pessoa ao meu lado e me avisou do bilhete. Peguei e liguei no número, mas só chamou".
Mesmo sem conseguir estabelecer contato de imediato, Cristiano, admirado com a atitude do autor do bilhete, decidiu postá-lo em seu Facebook. "Pensei em divulgar pela questão do bom exemplo, porque acho importante difundir a cultura da honestidade", explica.
Foi graças ao post que o cartorário Sandro Moraes, autor do bilhete, identificou e contatou Cristiano. Também morador de Itararé, ele tinha deixado seu telefone residencial na mensagem, mas não estava em casa quando o policial militar ligou.
"Vi o post no Facebook e mandei uma solicitação de amizade, seguida de uma mensagem, pedindo para nos encontrarmos", detalha o cartorário. Estabelecido o contato, Cristiano e Sandro acertaram rapidamente os detalhes do conserto do automóvel, previsto para ser encerrado até a noite desta terça dia 18.
Sandro explica que o acidente aconteceu enquanto ele percorria de carro, na companhia do filho de 9 anos, a rua onde Cristiano havia estacionado seu veículo. "É uma rua estreita. Havia um carro em movimento que pensei vir na minha direção, então fiz um desvio, mas acabei arrancando o retrovisor de um dos veículos estacionados", diz.
Para ele, a decisão de deixar um bilhete com seu contato não teve nada de louvável, sendo absolutamente normal. "É a atitude mais normal possível, se fosse o contrário gostaria que a pessoa fizesse, fiz o que gostaria que fizessem comigo", afirma Sandro. (Com UOL)