Quinta, 30 Março 2017 08:46

Governo anuncia corte de R$ 42,1 bilhões e volta de impostos

O governo anunciou nesta quarta dia 29, um corte de R$ 42,1 bilhões em despesas públicas federais.

 

O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O objetivo é evitar que o rombo nas contas públicas neste ano seja ainda maior que o previsto.

 

Além disso, o governo voltará a cobrar impostos que haviam sido suspensos para beneficiar alguns setores da economia a chamada desoneração. No total, 54 setores tinham direito ao desconto de impostos, e a maior parte voltará a pagá-los.

 

As exceções serão: ônibus interurbano, metrô e trem, construção civil e obras de infraestrutura e comunicação, que "são intensivos de mão de obra e vitais para a recuperação do emprego", disse Meirelles.

 

Isso deve gerar para o governo um aumento de arrecadação de R$ 4,8 bilhões, segundo o ministro.

 

O governo adiou a decisão até o último momento, alegando que esperava decisões judiciais que poderiam gerar novas receitas as decisões foram favoráveis e garantiram R$ 10,1 bilhões, segundo Meirelles.

 

Termina nesta quinta dia 30, o prazo para publicar decreto especificando as despesas que precisarão ser cortadas para cumprir a meta fiscal.

 

Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, foi grande a resistência do Palácio do Planalto em elevar tributos, em especial do presidente Michel Temer, que não queria colocar mais peso sobre o setor produtivo em meio ao cenário de recuperação da economia depois de dois anos de recessão.

 

Meta é fechar ano com rombo de R$ 139 bi

 

A meta do governo é fechar o ano com um rombo de R$ 139 bilhões, mas, segundo cálculos da equipe econômica, esse rombo seria ainda maior.

 

Para não descumprir a meta, seria necessário cobrir esse rombo extra de R$ 58,2 bilhões. Isso é possível, por exemplo, aumentando as receitas, com aumento de impostos e tributos, ou cortando despesas que não são obrigatórias.

 

O valor do corte necessário apareceu no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas. O documento é lançado a cada dois meses, com os parâmetros oficiais da economia e as previsões de arrecadação de impostos, de gastos e de cortes no Orçamento.

 

Carga pesada

 

A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda reconheceu, em nota, que a carga tributária no Brasil é alta, "muito acima da média da América Latina".

 

Disse, porém, que o governo perdeu 1,9% de suas receitas, entre 2011 e 2016, com desonerações [corte de impostos], expansão de regimes especiais de tributação e recessão econômica, cálculo feito sem considerar os recursos vindos da regularização de recursos no exterior (Lei da Repatriação). (Com Agência Brasil)

 

 

 

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