O governo ainda não divulgou qual foi a economia de energia com a medida neste ano, mas a previsão inicial era de que o horário de verão resultasse em uma economia de R$ 147,5 milhões, por causa da redução do uso de energia de termelétricas.
No sistema elétrico operado pela Copel no Paraná, os quatro meses de vigência do Horário de Verão registraram uma redução média de 4,5% na demanda de energia nos fins de tarde, retirando do sistema elétrico 200 MW (megawatts) de potência entre 19 e 22 horas. Tal alívio equivale a desligar, no horário de ponta, uma cidade como Maringá, no noroeste do Paraná, de 391 mil habitantes.
Os dias mais longos do Verão possibilitam antecipar a rotina da população – adiantando seus relógios em uma hora – nas regiões do país com grande diferença de luminosidade diurna entre os meses mais quentes e os mais frios. Assim, deixa de coincidir com o consumo da indústria, do comércio e das residências o acionamento automático da iluminação pública. Este descolamento alivia as condições de operação do sistema elétrico em um dos períodos de maior demanda, entre 18 e 21 horas.
“Ao evitar a sobreposição da demanda máxima das diferentes categorias de usuários, esse artifício ameniza a exigência sobre instalações como usinas, subestações e linhas de transmissão em momentos de grande demanda simultânea, garantindo mais segurança operacional e confiabilidade ao funcionamento de todo o sistema elétrico”, esclarece o engenheiro Nelson Cuquel, do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel.
Além do alívio para a operação do sistema elétrico no fim do dia, o menor consumo simultâneo de energia no horário também evita o acionamento de usinas térmicas emergenciais – de operação cara e poluente – para garantir o suprimento de energia no horário.
Por Andreza Rossini