Quinta, 16 Fevereiro 2017 11:08

Presos estavam com 400 armas escondidas em celas

A operação que durou 9 horas do Exército na Penitenciária da Máxima, em Campo Grande (MS), conseguiu apreender nas celas 400 armas brancas.

 

Com a ajuda de equipamentos tecnológicos que detectam celulares até mesmo se estiverem desligados, os militares ainda identificaram 60 aparelhos.

 

Os detentos também tinham cocaína e maconha, mas a quantidade não foi divulgada.

 

Esta foi a primeira atuação das Forças Armadas dentro de uma unidade prisional no Estado. A medida foi autorizada por meio de decreto presidencial, que foi criado depois que caos no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, resultou na morte de 56 presos, muitos deles decapitados.

 

O Comando Militar do Oeste (CMO) destacou 500 militares para atuarem diretamente no pente-fino. Policiais militares do Choque retiraram os presos e fizeram a contenção, enquanto outra equipe da PM fez a segurança do lado de fora. 

 

Integrantes do CMO puderam entrar em todas as celas e realizarem vistoria. Para apreender objetos foi necessário, em alguns casos, quebrar paredes e telhado. A medida foi considerada "cirúrgica" pelo comando, para evitar que houvesse dano exagerado ao patrimônio público.

 

"O estabelecimento prisional é um lugar de ressocialização e não pode ser o contrário. A nossa intenção é desarmá-los para que o presídio cumpra o papel de ressocialização", explicou o general Gerson Menando, comandante do CMO.

 

Tudo que foi apreendido vai ser encaminhado para a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). "É um passo em ação preventiva no Mato Grosso do Sul para que circunstâncias ocorridas em outros estados fiquem longe", disse o secretário da pasta, José Carlos Barbosa.

 

Ele não detalhou como será o procedimento para averiguar como esses objetos entraram no presídio ou de quem seriam as armas e celulares apreendidos.

 

 

Continua

 

Os equipamentos tecnológicos e os militares destacados para a realização do pente-fino devem preparar novas ações em outros presídios do Estado.

 

A informação foi repassada pelo próprio CMO, que vai analisar a situação junto com a Sejup para definir mais operações. (Com Correio do Estado)

 

 

 

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    As informações sobre os suspeitos foram fornecidas pela Secretaria Nacional de Segurança Pública às polícias civis dos estados, que têm jurisdição sobre o crime e deram continuidade às investigações. No Amapá e no Piauí, o trabalho não foi concluído a tempo da deflagração da operação, que envolveu os outros 24 estados e o Distrito Federal. O ministro afirmou que o trabalho continua e mais mandados podem ser emitidos nos próximos dias.

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    Com a retirada das grades de todas as celas, e ainda a transferência de todos os detentos em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 5 mil ao Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen). 

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