Quinta, 21 Julho 2016 13:27

Fies: selecionados do 2° semestre devem concluir inscrição

Os estudantes pré-selecionados para segunda edição do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) têm até esta quinta dia 21, para concluir a inscrição no sistema eletrônico SisFies.

 

O resultado dos pré-selecionados pode ser conferido no site do Fies.

 

Após concluir a inscrição no SisFies, os estudantes devem validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento da instituição de ensino superior para a qual foi selecionado e, depois, formalizar o contrato de financiamento em alguma agência bancária da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.

 

Os candidatos que ficaram na listra de espera devem ficar atentos a divulgação dos nomes, caso haja disponibilidade de vagas, e concluir a inscrição no SisFies no prazo de cinco dias úteis a partir da publicação. Para segunda edição do Fies 2016, o MEC (Ministério da Educação) ofertou 75 mil vagas -cerca de 294 mil pessoas se inscreveram para essa seleção. A novidade desta edição é a ampliação da renda mensal bruta per capita de 2,5 para 3 salários mínimos, ou seja, de R$ 2.200 para R$ 2.640, para ter acesso às bolsas do programa. Com essa mudança, o MEC adiou o início da inscrição do dia 1° de julho para o último dia 15, para fazer ajustes no cálculo do sistema.

 

No dia do anúncio da nova faixa, o ministro Mendonça Filho (Educação) ressaltou que o objetivo da iniciativa era ampliar o acesso às bolsas de estudos para famílias que também faziam parte do perfil do programa federal, mas que não eram atendidas. Além de cumprir o critério de renda, puderam se inscrever os candidatos que não tinham concluído o ensino superior, mas que tiveram média acima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), a partir da edição do exame de 2010, e nota superior a zero na redação.

 

 

Fies 2017

 

O Ministério da Educação também anunciou que pretende fazer uma "ampla revisão" do Fies para 2017. Segundo o ministro, a reformulação deve permitir a ampliação dos contratos, com número superior ao ofertado em novos financiamentos neste ano, ou seja, maior que 220 mil. O total de novos contratos não foi informado. A previsão é que o novo modelo seja anunciado em até oito meses. "Estamos já construindo esse novo Fies, um Fies turbo, ampliado, para termos mais vagas", disse. "Como concebido anteriormente e no formato tradicional o Fies não tem vida longa. Só se for sustentável", completa Mendonça Filho.

 

 

Subsídio Fies

 

No dia 15 de julho, o governo do presidente interino, Michel Temer, editou uma medida provisória que retira um dos subsídios na remuneração aos bancos que prestam serviços relacionados ao Fies. A medida prevê que parte da remuneração aos bancos, o equivalente às taxas administrativas, seja custeada pelas instituições de ensino. Antes, era o governo quem custeava essas despesas -por ano, esse custo é estimado em cerca de R$ 400 milhões.

 

A mudança foi publicada no "Diário Oficial" da União. Segundo o texto, que altera a lei do Fies, de 2001, o valor a ser pago mensalmente será de 2% sobre o saldo do crédito liberado às instituições de ensino. Para o ministro, a medida era necessária como forma de manter o programa, "ameaçado" pelas restrições orçamentárias. "Agora, serão arcados não mais pelo Tesouro Nacional, mas pelas faculdades privadas", explica Mendonça Filho. Para o Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo), a mudança, que prevê mais custos às instituições de ensino, pode ter impacto nos reajustes das mensalidades para 2017.

 

 

Enem no Fies

 

Oito em cada dez jovens e adultos que pretendem ingressar no ensino superior concordam com a nota mínima de 450 pontos no Enem para ter acesso ao Fies. Mais da metade dessas pessoas querem usar o financiamento para chegar à faculdade. As informações fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (20) e que aborda a visão dos jovens brasileiros sobre programas do MEC.

 

O estudo, encomendado pela Abmes (associação que representa instituições particulares de ensino superior), envolveu pessoas de 18 a 30 anos, com ensino médio completo. A nota de corte no Enem para acesso ao Fies foi estipulada no fim de 2014 pela gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff. Antes, bastava fazer o Enem, independentemente do desempenho, para conseguir o financiamento. A medida foi tomada em meio a outras decisões para frear os gastos com o programa. O objetivo, segundo o governo, é garantir que o financiamento seja concedido a alunos mais preparados. A média de 450 pontos é a mesma para que estudantes consigam pelo Enem a certificação do ensino médio. Também é a mesma para participar do Prouni (Programa Universidade Para Todos). Para 63,2% dos entrevistados, a nota de corte deve ser mantida nesse patamar. Outros 17,8% dos entrevistados entendem que o índice deveria ainda ser maior no Fies. Com relação ao Prouni, 81% também concordam com o desempenho mínimo. (Com Folhapress)

 

 

 

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