Reagindo às declarações do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e à perspectiva de que o BC não deve cortar os juros tão cedo no Brasil.
Às 14h39, a moeda norte-americana caía 2,32%, a R$ 3,3159 na venda. Veja a cotação do dólar hoje.
A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,30 foi em 23 de julho de 2015.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 1,25%, a R$ 3,3521
Às 10h09, queda de 1,43%, a 3,346
Às 10h30, queda de 1,31%, a R$ 3,3521
Às 10h49, queda de 1,35%, a R$ 3,3486
Às 11h49, queda de 1,97%, a R$ 3,3277
Às 12h39, queda de 2,17%, a R$ 3,321
Às 12h49, queda de 2,26%, a R$ 3,3177
Às 13h29, queda de 2,57%, a R$ 3,3071.
Segundo o professor de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA), Alexandre Cabral, o dia é de queda do dólar em relação a várias moedas pelo mundo por causa de expectativas do mercado em relação aos bancos centrais de diversos países, incluindo o Brasil. Investidores aguardam interferências dos bancos para frear a alta da moeda norte-americana, pressionada nos últimos dias por causa do referendo que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia.
“No final da madrugada, começaram a surgir comentários de que os principais bancos centrais do mundo, como o Banco Central Europeu e o do Japão, pretendem segurar a valorização do dólar. É por isso que as principais moedas do mundo estão se valorizando frente ao dólar, inclusive o real. E, no mercado financeiro, está tendo ainda o ‘efeito manada’: eles dizem ‘vamos ver se batendo R$ 3,30 o BC faz alguma coisa’”, disse Cabral, em entrevista ao G1.
Até o momento, o Banco Central do Brasil não anunciou oficialmente qualquer intervenção no câmbio.
Para alguns analistas, o dólar pode buscar o patamar de R$ 3,30 se o bom humor continuar e o BC permanecer ausente do mercado, destaca a Reuters.
Nesta terça, o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, repetiu que o banco pode reduzir sua exposição cambial quando e se for possível e que poderá usar todas as ferramentas com parcimônia no câmbio. (Com G1)