Sexta, 31 Julho 2015 10:08

No Paraná adolescentes suspeitos de abusar de menina em escola são apreendidos

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga um caso de abuso sexual contra uma menina de 11 anos dentro de uma escola pública em Itaguajé, no noroeste do Paraná.

 

Seis adolescentes, que têm entre 14 e 16 anos, foram encaminhados para um Centro de Sócioeducação (Cense), pois são suspeitos de praticarem o ato. De acordo com a promotoria, os menores gravaram o estupro e depois compartilharam o vídeo pelas redes sociais.

 

Segundo a família da vítima, a menina foi levada por dois dos adolescentes até a quadra da escola, e lá um dos jovens teve relação sexual com ela. Enquanto o abuso ocorria, os outros filmavam a ação. A família ainda afirma que os mesmos menores tentaram estuprar a criança quatro dias antes, mas no dia ela conseguiu fugir e evitar que o ato fosse consumado.

 

“A minha irmã é muito reservada, no dia que aconteceu o abuso ela chegou em casa, jantou, tomou banho e foi dormir. Os meus pais não desconfiaram de nada. No outro dia, uma amiga minha recebeu o vídeo no celular e me mostrou. Só depois disso é que ficamos sabendo de tudo”, lembra a irmã da vítima.

 

O abuso aconteceu no único colégio estadual da cidade, onde estudam 562 alunos. Segundo o advogado da família Caio Germiniano, o estupro teria acontecido a tarde, durante horário de aula. Segundo as investigações da Polícia Civil e também do MP-PR, os adolescentes teriam levado a criança de 11 anos para dentro do vestiário da quadra de esportes, e lá praticado o estupro.

 

“A menina está totalmente abalada, transtornada. Ela não quer mais frequentar o colégio e nem sair de casa. Esses meninos causaram um trauma muito grande na vida dela”, diz o advogado.

 

O promotor que fez a denúncia confirma que houve o abuso sexual, mas como o caso envolve menores, o processo está em segredo de justiça.

 

A família da garota também quer que a escola seja responsabilizada. Segundo o advogado Caio Germiniano, a criança disse no depoimento ao MP-PR que as professoras orientavam as alunas a não frequentarem a quadra quando não tivesse nenhum professor ou funcionário da escola por perto.

 

“A nossa maior indignação é que tudo aconteceu dentro do colégio. Como nós vamos ter confiança de deixá-la sozinha na escola. Como que sete crianças somem de dentro da sala de aula e ninguém vai atrás, ninguém vai saber onde esses alunos estão?”, argumenta a irmã da criança.

 

Depois dessa situação, a mãe da menina diz que a filha não frequentará as aulas no colégio este ano. “Eu não me conformo com o que fizeram com a minha filha. Eu vejo a minha filha morta. O que eles [adolescentes] fizeram não tem justificativa. Não tenho coragem de levar a minha filha para a escola, pois tenho medo do que podem fazer com ela”, se emociona.

 

“Não esperava que uma coisa dessa fosse acontecer na escola. Estou indignada de ter acontecido dentro da escola. Que escola é essa que não tem responsabilidade com o filho dos outros? Você manda seu filho pra escola e pensa que ele está seguro, mas não está”, constata a mãe da criança.

 

No município com menos de 4.649 habitantes a violência e a exposição nas redes sociais assustam. “Nesse caso teremos que fazer um trabalho com todo o colégio. Não sabemos se esse vídeo ficou só em Itaguajé ou se já espalhou para outras cidades. Cabe a escola e ao município que façam um trabalho de conscientização com os estudantes”, diz a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Daniela Patrícia Souza.

 

O chefe do Núcleo Regional de Educação em Paranavaí, também na região noroeste, disse por meio de nota que vai abrir uma sindicância para apurar os supostos atos irregulares que tenham ocorrido dentro do Colégio Estadual Lourdes de Melo. No entanto, ele não informou o prazo para o término dessa investigação. 

 

O advogado que defende os seis adolescentes, disse que só vai se pronunciar sobre o caso depois da audiência marcada para próxima segunda dia 03.(Com G1)

 

 

 

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