O alerta do especialista vai ao encontro do levantamento da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), que revela que mais de 60% das mulheres desconhecem os sintomas da doença. "Quanto antes for realizada a vistoria clínica, maiores serão as chances de tratamento. Exame de toque, histórico clínico do paciente, ressonância magnética e exames de ultrassom endovaginal especializado são algumas das formas de diagnosticar a endometriose", explica Kopelman.
Contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar, segundo o médico, auxilia a tratar a doença com mais rapidez e assertividade. "Seja endometriose leve ou profunda, é vital que a paciente conte com diferentes especialistas que trabalhem interligados. Além do ginecologista, que coordena as diretrizes mais importantes para cada caso, contar com acupunturista, psicólogo, nutricionista e fisioterapeuta especializados no tema pode potencializar as chances de sucesso no tratamento", fala o especialista.
Entenda como a doença atinge as mulheres
O acúmulo de sangue menstrual na cavidade pélvica ocorre porque o endométrio (camada que reveste o útero) fica mais espesso todos os meses, e, quando a mulher não engravida, parte da menstruação, carregando essas células endometriais, percorre as tubas atingindo a pelve, próximo ao útero e ovários. É nessa hora que as células de defesa do organismo realizam uma espécie de faxina para remover as substâncias. No caso das mulheres com endometriose, o sangue não é totalmente eliminado e, consequentemente, se fixa nessa região, podendo atingir outros órgãos, como bexiga e intestino. No Brasil, estimativas revelam que de sete a 10 milhões de mulheres possuem a doença.
O problema, além de prejudicar a qualidade de vida e atrapalhar os sonhos de ser mãe, pode provocar fortes cólicas, dores nas relações sexuais, dificuldades para urinar ou defecar durante a menstruação, causar inchaços e dor abdominal.
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