A história deste brasileiro de Surubim (PE) foi mostrada nesta quarta-feira no Bom Dia Brasil, e um sobrinho perdido o reconheceu e veio ajudar.
Adalto, que atualmente sofre de falta de memória, não lembra de ter irmãos. Mesmo assim, Roberto Luiz de Souza afirma ser filho do irmão caçula dele, Efílio Luiz de Souza, que era 15 anos mais novo. Roberto cresceu vendo o tio desaparecido em um quadro de sua avó. Os nomes dos pais de Adalto e dos avós de Roberto são os mesmos.
"É como ganhar um prêmio na loteria. Encontrar um tio que eu dava como morto é muito bom. É como se ele fosse uma fênix ressurgindo das cinzas", conta o sobrinho, que mora em Saquarema e foi para o Aeroporto Tom Jobim assim que viu o parente na televisão. Roberto se ofereceu para levá-lo para casa, mas o aposentado diz que prefere voltar para sua casa, no Alasca. Enquanto isso, o caso chama a atenção de quem passa pelo terminal.
O americano Thomas Elliot, e professor assistente na UFRJ, esteve nesta quarta-feira no aeroporto e soube do caso, que remete ao filme "O Terminal", no qual Tom Hanks vive num aeroporto nos EUA:
"Será que ninguém vai fazer nada? Realmente as coisas aqui demoram muito", lamentou.
Sem documentos e sem conseguir ter acesso à sua conta num banco do Alasca, ele sobrevive graças à ajuda de turistas, principalmente brasileiros, e funcionários do Aeroporto Internacional. A assessoria de comunicação da Infraero não sabia informar há quanto tempo o idoso ive na área de desembarque do Terminal 1 do Galeão, mas explicou que os órgãos competentes estão sendo contatados para que a situação seja resolvida da melhor maneira possível.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Federal, o novo passaporte de Adalto foi protocolado na terça-feira e ficará pronto em até seis dias. Quando tiver o documento em mãos, o desejo dele é voltar aos Estados Unidos, onde recebe uma pensão por aposentadoria. Mesmo assim, ainda faltará o dinheiro para comprar a passagem de volta. A Polícia Civil, através do serviço social da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DAIRJ), está tentando entrar em contato com o banco dele, no Alasca, para que um cartão de crédito seja enviado.
Fonte - Gazeta do Povo