O cigarro é responsável por uma série de problemas de saúde e é fator determinante das duas maiores causas de morte por doença em todo o mundo: problemas cardiovasculares e câncer.
Estudos apontam que existem 56 doenças relacionadas ao tabagismo. Cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, 30% dos demais tipos de câncer, 85% das doenças pulmonares obstrutivas crônicas, 45% das doenças coronarianas e 25% das doenças cérebro-vasculares são atribuídas ao hábito.
O tabagismo é uma doença e segundo a OMS é classificada como dependência da droga nicotina, presente em qualquer derivado do tabaco: cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo, cigarro de palha, fumo de rolo ou narguilé. A substância provoca dependência e chega ao cérebro mais rápido que a cocaína, entre 7 e 19 segundos, liberando substâncias químicas para a corrente sanguínea que levam a uma sensação de prazer e bem-estar.
“Essa sensação faz com que os fumantes usem o cigarro várias vezes ao dia. Por sentir prazer, a pessoa busca o cigarro em situações de estresse para relaxar”, explica o médico.
Em cada tragada são inaladas 4.700 substâncias tóxicas, dentre elas, além da nicotina, destacam-se o monóxido de carbono e o alcatrão. O monóxido de carbono (CO) - o mesmo que sai do cano de escapamento dos carros - associado à hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio) acaba reduzindo a oxigenação sanguínea no corpo.
“É por causa da ação do CO que alguns fumantes ficam com dores de cabeça após passar várias horas longe do cigarro”, destaca Chesi. O médico explica que nesse período de abstinência o nível de oxigênio circulando pelo corpo volta ao normal e o organismo da pessoa, que não está mais acostumado a esse “excesso”, reage por meio das dores de cabeça. Já o alcatrão reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.
Curitiba
É a capital com maior índice de adultos fumantes no Brasil. O dado foi divulgado em pesquisa realizada pelo Vigitel, sistema de vigilância por inquérito telefônico do Ministério da Saúde que investiga hábitos de vida e fatores de risco de doenças crônicas.
De acordo com o levantamento, 14% da população que vive na cidade (cerca de 265.160 pessoas) tem o hábito do tabagismo. Na análise anterior, feita em 2015, a capital paranaense ocupava a quarta colocação no ranking nacional. Agora está a frente de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%).
Tratamento
Atualmente há métodos específicos e eficazes para tratar o tabagismo, como medicamentos, adesivos e chicletes que contêm nicotina. O tratamento medicamentoso consiste na diminuição dos sintomas de abstinência, os adesivos fazem a liberação lenta de nicotina e concomitantemente o paciente pode mascar e absorver a nicotina liberada. (Com Bem Paraná)