Segunda, 21 Agosto 2017 08:38

Doença renal crônica atinge 1 em cada 10 pessoas

Uma em cada 10 pessoas sofrem de doença renal crônica (DRC) no mundo, afirma novo relatório desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia. Porém, até 90% dos afetados não sabem que sofrem de perda na função dos rins. 

 

Em todo o mundo, cerca de 1 milhão de pessoas morrem a cada ano por insuficiência renal não tratada. Além disso, tais são os perigos da DRC, que as pessoas com esta condição são até 20 vezes mais propensas a morrer de outras causas (como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral) antes de chegarem a ponto de tratamento de diálise ou transplante.

 

O Kidney Atlas Global Health — publicado na revista científica JAMA — mostra diferenças significativas entre os países analisados e alertou que a DRC pode ser causada por diabetes, obesidade, tabagismo ou pressão arterial elevada, fatores de risco que prevalecem de forma desigual entre as populações do globo.

 

Bélgica e Arábia Saudita são os que têm valores mais elevados, com 24% cada, seguido pela Polónia (18%), Alemanha (17%) e Reino Unido (16%). A Noruega e os Países Baixos têm as estimativas mais baixas, em 5%. A prevalência estimada nos EUA é de 14%, enquanto o Canadá e a Austrália estão em 13%.

 

Globalmente

 

A prevalência estimada de DRC em todo o mundo varia de 7% no sul da Ásia, 8% na África, 11% na América do Norte e 12% na Europa, Oriente Médio e Ásia Oriental e América Latina.

 

Dados

 

Segundo números da Sociedade Brasileira de Nefrologia, havia 122 mil pessoas em diálise no Brasil, em 2014. Atualmente, existem 750 unidades que realizam a diálise cadastradas no país. Os dados mostram ainda que 70% dos pacientes que fazem diálise descobrem a doença tardiamente. A taxa de mortalidade para quem enfrenta o tratamento é de 15%.

 

Se não for tratada, a DRC é um importante fator de risco para insuficiência renal terminal e doenças cardiovasculares. Pacientes podem progredir para doença renal em estágio final — o que significa diálise ou transplante. Previsões alertam que a epidemia vai aumentar nos próximos anos devido a fatores que estão por trás da doença — como tabagismo, pouca hidratação e consumo exagerado de sódio.

 

Esta expansão preocupa especialistas: “A insuficiência renal pode ser o primeiro passo para o desenvolvimento de uma insuficiência renal grave (com a consequente necessidade de diálise ou transplante) e cardiovascular, além da deterioração geral da saúde, que pode levar à morte”, assinala a Maria Letícia Cascelli, nefrologista e diretora da Clínica de Doenças Renais de Brasília.

 

Prevenção é o melhor tratamento

 

Os testes para identificar a Doença Renal Crônica (DRC) medem a taxa de filtração do sangue nos rins (conhecida como Taxa de Filtração Glomerular) e também outros fatores como a quantidade de proteína na urina. Níveis elevados de proteína na urina indicam que os rins não estão funcionando bem.

 

“Por isso, recomendamos que qualquer pessoa com um dos fatores de risco deve solicitar um exame de saúde renal a seu médico. Teste de sangue, urina e controle de pressão arterial é tudo o que é necessário para a verificação”, aconselha a nefrologista Maria Letícia Cascelli, diretora da Clínica de Doenças Renais de Brasília.

 

Os médicos recomendam a triagem repetida a cada ano se os fatores de risco ainda estiverem presentes. É aconselhado um estilo de vida simples, incluindo uma dieta saudável com baixo teor de sal e alto teor de fibra, mais atividade física, interrupção do tabagismo, adequado controle da glicemia e da pressão arterial. Essas recomendações podem retardar a taxa de progressão da DRC em até 50% e, em alguns casos, reverter os danos.

 

Sintomas da doença renal crônica

 

Mal-estar geral e fadiga

 

Coceira generalizada (prurido) e pele seca

 

Dores de cabeça

 

Perda de peso não intencional

 

Perda de apetite

 

Náuseas

 

Outros sintomas podem aparecer, principalmente quando o funcionamento dos rins piora, incluem:

 

Pele anormalmente clara ou escura

 

Dor nos ossos

 

Sonolência e confusão

 

Dificuldade de concentração e raciocínio

 

Dormência nas mãos, pés e outras áreas do corpo

 

Espasmos musculares ou cãibras

 

Mau hálito

 

Fácil aparição de hematomas, hemorragia ou sangue nas fezes

 

Sede excessiva

 

Soluços frequentes

 

Baixo nível de interesse sexual e impotência

 

Interrupção do período menstrual (amenorreia)

 

Distúrbios do sono, como insônia, síndrome das pernas irrequietas e apneia noturna

 

Inchaço de mãos e pernas (edema)

 

Vômitos, normalmente pela manhã. (Com Bem Paraná)

 

 

 

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