Quinta, 05 Novembro 2015 11:45

Menstruação: especialistas esclarecem as principais dúvidas sobre o período. Confira!

A menstruação faz parte do ciclo reprodutivo da mulher e, quando a saúde dela está em perfeito estado e ela não engravida, acontece todo mês.

 

Isso porque, o corpo feminino se prepara para a gravidez e, quando esta não ocorre, o endométrio (membrana interna do útero) se desprende.

 

“A menstruação é o reflexo da descamação do endométrio que ocorre de forma cíclica, mensalmente caso a mulher não engravide. É um evento sincrônico, universal e autolimitado, ou seja, o endométrio descama em um período limitado”, ressalta Frederico José Silva Corrêa, médico ginecologista do Hospital Santa Lúcia (Brasília) e diretor da clínica Fertilcare Centro de Reprodução Humana.

 

Embora faça parte da vida de toda mulher em fase reprodutiva, a menstruação é um assunto que, muitas vezes, gera dúvidas. Com que idade acontece a primeira menstruação? É normal ter períodos de ausência? Como deve ser a higienização neste período? Essas são apenas algumas das muitas questões relacionadas ao período menstrual.

 

Mas, abaixo, você confere o esclarecimento de profissionais para todas elas!

Menarca

1. Com que idade acontece a primeira menstruação?

De acordo com Corrêa, em geral, a primeira menstruação acontece entre os 9 e os 13 anos de idade, mas pode ocorrer até os 16 anos. “Após essa idade é preciso avaliar se não há alguma doença relacionada”.

 

2. Quais são os sinais de que ela está chegando?

Corrêa explica que a menstruação é um evento que ocorre ao final do amadurecimento das adolescentes, ou seja, o desenvolvimento puberal. “O primeiro sinal do início do desenvolvimento puberal é o surgimento das mamas, ainda em estágio inicial. Habitualmente dois anos após o início do desenvolvimento mamário acontece a primeira menstruação”, diz.

 

Edilson Ogeda, coordenador do Núcleo de Ginecologia do Hospital Samaritano de São Paulo, reforça que é possível perceber que a primeira menstruação está chegando “quando as demais modificações sexuais secundárias já se fizerem presentes, como o aparecimento de pelos pubianos e axilares, e o desenvolvimento mamário”.

 

3. Com o que devo me preocupar após a chegada da menstruação?

Corrêa explica que, após o início dos ciclos menstruais, os primeiros dois anos ainda são considerados como um período de amadurecimento do eixo hormonal que envolve o hipotálamo, a hipófise e os ovários. “Portanto, durante este período é muito comum as menstruações serem irregulares, com intervalos longos e fluxo variável. Depois destes dois anos, espera-se que os ciclos menstruais se tornem normais, regulares com fluxo relativamente regular”.

 

“O ciclo menstrual e a menstruação podem trazer alguns sintomas que a adolescente ainda não está habituada, como a tensão pré-menstrual (TPM), retenção de líquido, cólica menstrual leve e sangramento. A preocupação deve existir se os ciclos permanecerem irregulares, com sangramentos volumosos ou acompanhados de cólicas intensas”, destaca o médico ginecologista.

 

Fluxo menstrual, frequência e atrasos

4. Qual é o volume “normal” de sangramento durante a menstruação?

O volume normal para uma menstruação é em torno de 80ml por ciclo, de acordo com Corrêa. “Obviamente é muito difícil fazer esta medida, então, o que se avalia é a presença de muitos coágulos ou número de absorventes utilizados por dia. Se há um aumento em relação ao fluxo habitual daquela mulher, é necessário investigar possíveis doenças relacionadas”, diz.

 

5. Quantos dias a menstruação pode durar?

“O período de duração normal da menstruação é de 1 a 8 dias. Acima de 8 dias é considerada menstruação longa e pode estar relacionada a doenças ou alterações hormonais”, esclarece Corrêa.

 

6. Quantos dias tem um ciclo de menstruação regular?

O intervalo entre as menstruações, que corresponde exatamente à duração do ciclo menstrual, varia de 22 dias e 35 dias, de acordo com Corrêa. “Ciclos muito curtos ou muito longos podem repercutir disfunção hormonal ou doenças como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)”.

 

7. Devo manter registros da minha menstruação? O que devo anotar e qual é a melhor maneira de fazer isso?

Para Frederico Corrêa, é muito importante que a mulher conheça sobre sua menstruação. “Cada mulher tem características menstruais próprias, algumas têm ciclos mais curtos, sangram menos, com duração menor. Em outras, o ciclo pode ser mais longo, com fluxo maior etc.”, comenta.

 

“Os dados relevantes que devem ser observados são: o dia de início de cada ciclo menstrual; a duração do sangramento e a intensidade do fluxo através da necessidade de uso de absorventes ou da presença de coágulos; e a presença ou não de cólicas menstruais. Quando a mulher conhece o perfil da sua menstruação, qualquer mudança será mais facilmente identificada, o que pode ser um alerta para algumas doenças”, esclarece o médico ginecologista.

 

8. Qual é a cor da menstruação? Menstruação tem cheiro?

“A menstruação pode apresentar sangue mais escuro com odor característico de sangue ‘envelhecido’, mas sem ser fétido. Pode também apresentar sangue vermelho vivo nos casos mais intensos e coágulos”, explica Corrêa.

 

9. É normal descer com sangue coagulado?

A presença de coágulos pequenos em pouca quantidade é normal, conforme explica Corrêa. “O sangue que sai do útero pode ainda ficar coletado na vagina por algum tempo antes de sair para a região externa. Isso faz com que possam aparecer coágulos e que fique com coloração mais escurecida”, diz.

 

10. Menstruação borra de café: o que é?

“É a menstruação em mínima quantidade, com coloração mais amarronzada em função da pequena quantidade de sangue. É comum em usuárias de alguns anticoncepcionais que acabam diminuindo muito o fluxo menstrual”, explica Corrêa.

 

11. É normal ter um pouco de sangramento entre uma menstruação e outra?

No período da ovulação, de acordo com o ginecologista Corrêa, há uma mudança intensa nos níveis hormonais, o que pode culminar com um sangramento intermenstrual (entre duas menstruações).

 

12. Com que frequência a menstruação desce?

“A frequência normal depende exatamente da duração do ciclo da mulher. Em geral, uma vez a cada 22 a 35 dias. Em um ano a mulher deve menstruar de 10 a 14 vezes”, explica Corrêa.

 

13. É normal ter períodos de atraso ou ausência de menstruação (amenorreia)?

Não, de acordo com Corrêa. “Qualquer ciclo menstrual que se torne repetidamente maior ou menor que os parâmetros normais deve ser investigado. Pacientes com ciclos muito longos (intervalos maiores que 36 dias) ou amenorreia (ausência de menstruação) têm grande possibilidade de apresentarem quadro de anovulação (ausência de ovulação) por Síndrome dos Ovários Policísticos, alteração dos níveis de prolactina (hormônio que estimula produção de leite), alteração nos hormônios da tireoide com hipotireoidismo ou até mesmo falência ovariana prematura”, destaca o médico.

 

14. O que pode ocasionar o atraso da menstruação?

De acordo com Corrêa: quadro de anovulação (ausência de ovulação) por Síndrome dos Ovários Policísticos, alteração dos níveis de prolactina (hormônio que estimula produção de leite), alteração nos hormônios da tireoide com hipotireoidismo ou até mesmo falência ovariana prematura. “Além da gravidez ou algum distúrbio hormonal pontual”, diz.

 

“Outras causas de amenorreia são: estresse emocional intenso; atividade física muito intensa como as das ginastas de ponta; uso de algumas medicações; sequela de cirurgias uterinas”, acrescenta o médico ginecologista.

 

15. Se for necessário, posso atrasar minha menstruação ou adiantá-la?

Sim, conforme explica Corrêa. “Pode ser feito sem grandes problemas desde que a mulher não tenha contraindicação ao uso de hormônios prescritos com esta finalidade. Esta atitude não deve ser realizada de forma rotineira, mas, sim, ocasionalmente, pois pode trazer alguma disfunção a esta mulher”, esclarece.

 

“A suspensão da menstruação continuamente com anticoncepcionais também pode ser realizada desde que por orientação e acompanhamento médico sem grandes problemas. Para algumas mulheres, que têm muito desconforto e fluxo importante com a menstruação, a amenorreia induzida pode ser uma boa opção de tratamento”, acrescenta o médico ginecologista.

 

16. É normal ter diarreia durante a menstruação?

Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, explica que não se pode dizer que é normal, mas pode acontecer para algumas pessoas.

 

Paula Fettback, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana, explica que isso pode acontecer especialmente em mulheres que têm alguma afecção, como, por exemplo, a endometriose, que pode gerar alterações intestinais.

E, de acordo com a médica, este é um problema relativamente comum, pois 15 a 20% das mulheres têm endometriose.

 

Em alguns casos, conforme acrescenta Paula, a menstruação pode “soltar um pouco o intestino”, mas, geralmente, em casos de diarreia mesmo deve ser pesquisado se a causa não é a endometriose, já que a diarreia na menstruação é um sintoma relacionado à doença.

 

Alimentação

17. A alimentação influencia no odor ou duração da menstruação?

Mantelli esclarece que a alimentação não tem a capacidade de interferir nesta parte do corpo feminino.

 

O que pode acontecer, em alguns casos, é o atraso da menstruação se dar devido a dietas muito restritivas. Mudanças no ciclo ou mesmo a amenorreia (ausência da menstruação), por exemplo, podem ser sintomas de mulheres com anorexia nervosa. Mas isso só poderá ser avaliado/diagnosticado por um médico ginecologista.

 

18. Quais alimentos não podem faltar durante o período menstrual?

Mantelli explica que a orientação é a mulher se alimentar um pouco melhor, “principalmente com proteínas e alimentos que contenham ferro, já que ela vai ter uma perda sanguínea e, consequentemente, de ferro”.

 

19. Existe algum alimento que não é recomendado ingerir quando se está menstruada?

Edilson Ogeda, coordenador do Núcleo de Ginecologia do Hospital Samaritano de São Paulo, destaca que todos os alimentos são permitidos na menstruação. “Nada é proibido. A recomendação, na verdade, é que a mulher mantenha sua alimentação saudável sempre, não só no período menstrual”, diz.

 

“Teoricamente, a mulher pode ingerir qualquer alimento, mas orientamos para que a alimentação seja mais balanceada especialmente no período menstrual”, reforça Mantelli.

 

No caso das mulheres que relatam sintomas da TPM, em geral, para amenizá-los, é indicado restrição de consumo de sal e evitar alimentos ou bebidas com cafeína.

 

TPM

20. É normal ter TPM (tensão pré-menstrual)? Toda mulher tem?

Paula Fettback destaca que não são todas que têm. “Em torno de 30 a 40% das mulheres têm TPM bem característica, ‘problemática’, com sintomas bem intensos, o que chega a diminuir sua qualidade de vida e precisa geralmente de tratamento”, diz.

 

“Outras, até 60% das mulheres, podem ter com sintomas mais leves, um sintoma ou outro, enfim, algo que não atrapalhe muito o seu dia a dia”, acrescenta a ginecologista.

 

21. Quais são os principais sinais e formas da TPM?

De acordo com Ogeda, os sintomas mais frequentes são:

 

Inchaço das mamas;

Dor mamária;

Distensão abdominal;

Inchaço e dor nas pernas;

Dor de cabeça;

Cólica menstrual;

Irritabilidade emocional;

Nervosismo;

Melancolia;

Labilidade (instabilidade) de humor;

Compulsão por comer doce, entre outros sintomas.

 

Vale destacar que algumas mulheres podem ter todos, a maioria ou somente alguns desses sintomas, com maior ou menor intensidade. Bem como outras relatam não sentirem nada de diferente nessa fase que antecede a menstruação.

 

22. Como posso amenizar ou evitar o problema (TPM)?

Os sintomas da TPM, de acordo com Ogeda, podem ser amenizados com atividade física, restrição de consumo de sal na dieta e do consumo de alimentos ou bebidas com cafeína.

 

Cólicas e dores

23. É normal ter cólicas? Toda mulher tem?

Não é possível dizer que ter cólica é normal e que toda mulher tenha. Mas este é um problema comum, ou seja, muitas mulheres relatam o sintoma.

 

“A cólica é decorrente da contração do útero para eliminar a menstruação, por isso, nem todas as mulheres têm”, comenta Mantelli.

 

Vale destacar que, em algumas mulheres a cólica pode surgir, com maior ou menor intensidade, como sintoma da TPM; em outras, durante a menstruação; e ainda, em algumas, nos dois casos (antes e durante a menstruação).

 

Em contrapartida, várias mulheres relatam não terem cólicas. E, vale destacar: isso pode variar de um ciclo para o outro. Não é porque você teve cólica em um mês, por exemplo, que terá sempre.

 

Vale destacar que, em casos em que as cólicas tornam-se excessivamente incômodas, atrapalhando a qualidade de vida da paciente, é recomendável informar o médico ginecologista.

 

24. O que posso fazer para evitar a cólica ou amenizá-la?

“Para amenizar ou evitar a cólica e outros sintomas da TPM, indico alimentação balanceada, atividades físicas, compressas quentes na região do abdômen e, se necessário, a utilização de medicação antiespasmódica”, destaca Mantelli.

 

Ogeda recomenda passar em consulta com o ginecologista para que ele possa avaliar se existe uma doença causando a cólica. “Se não houver nada de errado, atividade física, bolsa de água quente e analgésicos são úteis”, diz.

 

25. Existem outros sintomas ruins que a mulher pode ter durante o período menstrual?

Ogeda destaca que sangramentos excessivos podem ocorrer. “Neste caso, uma consulta com o ginecologista é fundamental para entender o porquê”, diz o ginecologista.

 

Mantelli acrescenta que, além da menstruação excessiva, a mulher pode sentir um desconforto, dor de cabeça, alteração na libido, entre outros sintomas que variam muito de pessoa para pessoa.

 

26. Posso fazer exercícios físicos normalmente durante a menstruação? E se eu estiver com cólicas?

Mantelli diz que a mulher que está menstruada pode fazer exercícios físicos normalmente, desde que não esteja passando mal. “Se estiver confortável na atividade física, pode fazê-la sem problema algum”.

 

Algumas mulheres, porém, comentam que não se sentem bem se exercitando neste período, mas, vale destacar, isto é algo muito pessoal e deve ser respeitado. Mas, do ponto de vista médico, não há nada que a impeça de se exercitar. Muito pelo contrário: até para amenizar as cólicas as atividades físicas são indicadas.

 

27. É comum sentir dor de cabeça durante a menstruação?

Mantelli destaca que este é, sim, um sintoma associado à menstruação para algumas mulheres, embora não seja uma regra.

 

Paula explica que a dor de cabeça está relacionada à oscilação hormonal que ocorre neste período. “Em alguns casos de enxaqueca, por exemplo, que é um tipo de dor de cabeça, a menstruação é um ‘gatilho’ para desencadear as dores”, diz.

 

“Outras pessoas que não têm necessariamente enxaqueca, podem ter também cefaleia mais leve, tudo isso relacionado à oscilação hormonal, que é muito significativa neste período”, acrescenta a ginecologista.

 

Vale destacar que, se as dores forem muito intensas, merecem investigação e devem ser tratadas. Por isso é importante relatá-las ao médico de sua confiança.

 

Endometriose

28. O que é endometriose e quais são os sintomas?

De acordo com Márcio Coslovsky, especialista em reprodução humana e diretor-médico da Primordia Medicina Reprodutiva, endometriose é uma doença frequente nas mulheres e umas das principais causas de infertilidade. “Ela se caracteriza pela implantação de células de dentro do útero (endométrio) fora do útero (ovário, trompas etc.)”, diz.

 

Mantelli destaca que endometriose “é o tecido de dentro do útero, daquele carpetezinho que envolve o útero por dentro, que vai para fora do útero. Então, em vez da menstruação descer, uma parte dela sobe pelas trompas, pelas tubas uterinas, e acaba indo para fora do útero e pode se implantar nas tubas, nos ovários, no útero pelo lado de fora”, explica.

 

Entre os sintomas da endometriose, estão: dor pélvica (geralmente associada ao ciclo menstrual); cólicas; dores nas relações sexuais; dores ao urinar e evacuar; diarreia; sangramento excessivo durante o período menstrual; náuseas e fadiga.

 

29. Como a endometriose é tratada?

Coslovsky explica que o tratamento é basicamente videolaparoscópico (cirúrgico) seguido da interrupção dos períodos menstruais. “Existem diversas maneiras de conseguir essa interrupção: remédios, adesivos, DIU, implantes. Esse tempo de interrupção depende do desejo de gravidez da paciente”, diz.

 

30. Quem tem endometriose pode ter filhos?

Mantelli destaca que sim. “A endometriose é um fator de infertilidade, ou seja, ela dificulta a gravidez, mas não causa a esterilidade, que seria a impossibilidade de engravidar”, diz.

 

Dessa forma, a mulher que tem endometriose e deseja engravidar deve seguir à risca as orientações médicas para que a gestação seja possível e bem sucedida.

 

Ovários policísticos

31. O que é a SOP?

Coslovsky explica que a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma operação metabólica funcional que atinge a insulina, os hormônios femininos e a ovulação. “É vista com frequência nos consultórios dos ginecologistas e nas clínicas de reprodução. Normalmente, a principal queixa é a infertilidade, o aumento de peso e da oleosidade da pele”, diz.

 

Claudio Basbaum, ginecologista e obstetra da Clínica Pró-Matrix, professor-doutor em Ginecologia e Obstetrícia, especialista em Ginecologia e Reprodução Humana pela Universidade de Paris (França), destaca que a SOP é um quadro clínico que se manifesta através de uma série de sinais e sintomas, sendo os principais: a falta ou ausência de ovulação de forma continuada (menstruação irregular, sobretudo com atrasos) e manifestações do tipo androgenizantes (como ganho de peso, aumento da pilificação, aumento da oleosidade da pele, acne).

 

“Também temos que citar como distúrbios, além da produção dos androgênios, as alterações no bom colesterol (redução das taxas do HDL), o aumento dos triglicérides e o aumento da resistência à insulina. Tudo isso favorece a formação de placas de gordura nos vasos, predispondo à hipertensão, com elevação do risco cardiovascular”, acrescenta Basbaum.

 

O especialista explica que a insulina, produzida pelo pâncreas, age sobre os ovários e é a causadora do aumento dessa produção de hormônios masculinizantes. “O aumento de resistência à insulina significa que as células do corpo recebem essa insulina, mas não respondem à ela. O organismo continua fabricando a insulina podendo levar a uma exaustão do pâncreas (diabetes)”, diz.

 

“Os ovários das mulheres com SOP, em geral, têm seu volume aumentado e apresentam múltiplos microcistos, na verdade, folículos que estagnaram sem alcançar a capacidade ovulatória. Disto advém seu nome”, acrescenta Basbaum.

 

32. Como pode ser tratada a SOP?

Basbaum explica que, como a sua fisiologia é de alta complexidade e ainda de origem não totalmente esclarecida, “o objetivo dos tratamentos consiste em controlar as alterações clínicas, promover o retorno da ovulação e da fertilidade, prevenindo ou evitando consequências do predomínio de estrogênios e androgênios”.

 

“As mulheres que não ovulam, não produzem o hormônio compensador ao estrogênio, que é a progesterona, cuja falta por períodos muito longos pode, inclusive, levar ao surgimento do câncer do endométrio”, destaca o especialista.

 

A primeira atitude terapêutica diante da portadora de ovários policísticos, de acordo com Basbaum, é recomendar e orientar a perda de peso. “O sobrepeso, muito frequente nesta síndrome, deve ser controlado, pois é na gordura do corpo que se armazenam os estrogênios e androgênios. Assim, muitas vezes, a simples mudança de hábitos alimentares e atividade física bem conduzida, que levem à perda de peso, é capaz de regular os ciclos menstruais e compensar muitas das manifestações clínicas da SOP”, explica.

 

A linha primária de tratamento medicamentoso é feita com o uso de anticoncepcionais orais, conforme explica Basbaum. “Também podemos utilizar certas drogas, como, por exemplo, a metformina (que reduz a produção dos níveis de insulina), que tem se revelado muito eficaz no controle clínico de todas as manifestações associadas à SOP (anovulação, hiperandrogenismo etc.)”, destaca.

 

O especialista acrescenta que, nas mulheres portadoras de SOP que desejam engravidar, é indicado, em primeira instância, o uso do citrato de clomifeno, substância capaz de estimular o crescimento folicular e a ovulação.

 

33. Quem tem SOP pode engravidar?

“A gravidez é possível tanto na endometriose, quanto na SOP, mediantes orientação médica adequada”, responde Coslovsky.

 

Basbaum lembra que a SOP está associada à infertilidade feminina em cerca de 20% a 30% dos casos. “A portadora de SOP pode engravidar espontaneamente, sim, mas em função da anovulação crônica, na maioria das vezes, requer tratamento com indutores da ovulação – com ou sem o uso adicional de Metformina – e, em geral, complementado por adjuvantes hormonais (já que estas mulheres também apresentam taxas mais elevadas de abortamento)”, explica.

 

Anticoncepcionais

34. Como age o anticoncepcional?

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos mais utilizados pelas mulheres, é eficaz quando utilizada corretamente, embora não proteja contra as doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, não exclua a importância do uso da camisinha.

 

Para entender como o anticoncepcional age é preciso lembrar que, mensalmente, o corpo da mulher passa pelo processo de ovulação – quando se prepara para receber um espermatozoide e originar a fecundação. A pílula, por sua vez, inibirá a ovulação, acarretando ainda numa queda das taxas hormonais, diminuindo o volume e os dias do fluxo.

 

Vale lembrar que os anticoncepcionais devem ser utilizados somente sob orientação médica, pois possuem contraindicações e podem apresentar efeitos colaterais (como inchaço, ganho de peso etc.).

 

No caso específico da mulher com SOP, conforme explica Basbaum, a ação dos anticoncepcionais restaura os ciclos menstruais e melhora as manifestações de hiperandrogenismo (estado causado pela secreção excessiva de androgênios), pois estes interferem no mecanismo fisiológico entre hipotálamo, hipófise e ovários, essência da ciclicidade menstrual. “Isso não leva à ovulação em si, mas reestabelece a regularidade necessária do ciclo menstrual e todas suas boas consequências”, destaca.

 

35. Existe algum efeito colateral sobre o uso de anticoncepcional de forma contínua (sem menstruação)?

“De um modo geral, nas pacientes portadoras de ovários policísticos, o esquema do contraceptivo não deverá ser contínuo, mas sim cíclico, procurando mimetizar o que faz a natureza”, comenta Basbaum.

 

Em determinados casos, explica o especialista, podem ser ministrados contraceptivos hormonais nas suas várias apresentações, de forma contínua, quando se pretende interromper o fluxo menstrual. “Como tratamento, por exemplo, na endometriose, ou para aquelas mulheres que apresentem quadros intensos de TPM e suas manifestações, como dores de cabeça intensa, mastalgia (aumento da sensibilidade da mama), nervosismo excessivo, ansiedade etc.”, diz. “Nestes casos, o uso do anticoncepcional hormonal contínuo, durante algum tempo, exerce um efeito terapêutico benéfico”, acrescenta.

 

Efeitos colaterais, de acordo com o especialista, dependem de características individuais de cada mulher, não podendo ser generalizados. “Portanto, todo uso de anticoncepcionais, sejam cíclicos, sejam contínuos, requerem orientação médica atenta”, ressalta Basbaum.

 

36. Os anticoncepcionais podem fazer com que eu não tenha fluxo? Isso é seguro para minha saúde?

“A simples parada temporária medicamentosa dos ciclos menstruais não causa qualquer consequência desde que, nos casos recomendados, bem indicados e sob estrito controle médico individualizado”, destaca Basbaum.

 

“Contraindicações existem, entre as quais chamamos atenção para: mulheres tabagistas, sobretudo com idade acima dos 35 anos; obesidade severa; diabetes descompensado; histórico de trombose ou tromboflebite; enxaqueca rebelde, em especial se acompanhada de distúrbios visuais”, explica o especialista.

 

37. É verdade que os anticoncepcionais podem ser usados para amenizar sintomas desconfortáveis da menstruação?

É verdade, de acordo com Basbaum. “O uso dos contraceptivos hormonais, tanto de uso contínuo, como sob a forma cíclica, pode exercer efeito benéfico sobre uma série de sintomas, desde a regulação do fluxo menstrual, controle da dismenorreia (cólicas menstruais), alívio das dores mamárias, correção dos sangramentos uterinos irregulares, entre outros”.

 

38. Uma menina que ainda não teve a menarca pode usar anticoncepcionais apenas com a intenção de diminuir acne?

A prescrição de anticoncepcionais antes do início do fluxo menstrual em uma adolescente (10 aos 19 anos, segundo a OMS), conforme explica Basbaum, deve ser avaliada com muito critério na relação custo-benefício, uma vez que sua utilização interfere no desenvolvimento físico e ginecológico desta menina.

 

“Nestes casos, sob absoluta orientação médica especializada, pode-se lançar mão de anti-androgênicos de ação periférica, os quais são capazes de corrigir a acne, a pele oleosa e a seborréia. Sugiro a complementação com tratamentos tópicos sob orientação de um dermatologista”, acrescenta o especialista.

 

Sexo

39. É seguro transar durante a menstruação?

A ginecologista Paula responde que sim. “Se a mulher e o seu parceiro não sentirem desconforto com isso e usarem camisinha, é seguro”, diz.

 

“Mas, vale destacar, este é um período em que o colo do útero está mais aberto, dessa forma, aumenta-se o risco de infecções, e inclusive de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Por isso reforça-se a importância do uso de camisinha e também de ter cuidados básicos de higiene”, explica a ginecologista.

 

Edilson Ogeda acrescenta que “ter relação sexual no período menstrual é seguro do ponto de vista contraceptivo, ou seja, a mulher não engravida”.

 

40. O que posso fazer para tornar o momento menos incômodo?

Isso varia muito de casal para casal. “É interessante uma higiene prévia e pós o sexo. Mas nada de duchas (o que aumenta ainda mais o risco de infecções). Ou até fazer o sexo no banho se o casal achar mais conveniente. Isso tudo além do uso de camisinha que é muito importante”, destaca Paula.

 

41. Durante a menstruação, aumentam os riscos de contrair DSTs?

Paula reforça que sim. Os riscos de DSTs e infecções são mais elevados neste período, já que o colo do útero se expande para permitir a passagem do sangue.

 

Vale lembrar que os riscos podem ser evitados basicamente com o uso da camisinha.

 

42. É normal aumentar a libido da mulher durante a menstruação?

Paula explica que isso pode ocorrer em algumas mulheres, tudo devido à oscilação hormonal. “Mas a porcentagem é pequena. A maioria das mulheres não tem esse aumento. Costuma ocorrer o aumento da libido no período fértil, que é quando ela está ‘preparada’ para engravidar”, diz.

 

Higiene

43. Como devo me higienizar durante o período menstrual?

Paula destaca que o sabonete íntimo é opcional. Se a mulher tem o costume de usá-lo e se sente bem com isso, pode continuar usando normalmente no período menstrual.

 

“O indicado é higienização durante o banho com água corrente, uma ou duas vezes ao dia. A troca de absorvente varia muito de acordo com o fluxo de cada mulher, mas, no geral, não se deve permanecer com o mesmo absorvente por mais de quatro horas”, explica a ginecologista.

 

44. Garotas virgens podem usar absorvente interno?

“Até podem, mas não é muito indicado, pois, dependendo do caso, o absorvente interno pode romper o hímen, fazer sangrar, causar dor. O mais recomendado é que elas utilizem o absorvente normal para evitar qualquer tipo de problema”, explica Paula.

 

45. Coletor menstrual é higiênico?

O assunto ainda causa certa polêmica. O coletor menstrual é um copinho de silicone ajustável ao corpo e que coleta o sangue da menstruação. Diferentemente do absorvente interno, que é inserido ao fundo do canal vaginal, o coletor fica na entrada da vagina. Ele é hipoalérgico e antibacteriano, e maleável, o que facilita na hora de colocar na vagina.

 

Para colocar o coletor, basta dobrá-lo e inseri-lo na vagina, não sendo necessário empurrá-lo até o fundo. Ele deve ser higienizado com água fria e sabão neutro e, a cada ciclo, geralmente o recomendado é limpá-lo com água fervente.

 

O coletor menstrual é uma opção, por exemplo, para quem já teve reação alérgica aos outros tipos de absorventes. Além disso, é visto como uma escolha ecologicamente correta.

 

Para a ginecologista Paula, o coletor é considerado uma opção “biologicamente correta”, mas não é higiênico. “Deve-se considerar que o sangue é um material passivo de infecções, ainda mais na região vaginal, que já é mais suscetível… Então, não é muito indicado pelos médicos”, diz.

 

Caso a mulher tenha interesse em usar o coletor menstrual, é importante consultar primeiramente seu ginecologista, para que, juntos, façam a melhor escolha.

 

46. É normal ter um pouco de coceira na entrada do canal vaginal durante a menstruação?

Paula explica que é relativamente normal, pois a mulher fica com o absorvente o dia todo, gerando um ambiente mais quente e úmido na pele da vulva e vagina. “Então, um pouco de prurido é aceitável”.

 

“Mas, em caso de coceira, é preciso excluir a possibilidade da cândida, avaliar se este ambiente mais úmido, quente (contato com o absorvente) não está gerando esta infecção”, acrescenta a ginecologista.

 

Dessa forma, em caso de coceiras persistentes, é importante a mulher informar seu médico ginecologista.

 

47. Que tipo de absorventes eu posso usar?

Regina Maura, ginecologista da clínica Dr. Família, explica que a mulher pode usar absorventes diários (fininhos) ou os normais, dependendo do fluxo menstrual. “Além disso, existem também os absorventes internos, os quais somente se permite que sejam usados em casos de extrema necessidade, já que podem ser os vetores da instalação da Síndrome do Choque Tóxico”, diz.

 

A escolha do absorvente é também bem pessoal. Alguns pontos que podem ser observados na hora escolha:

 

Absorvente externo (tradicional) com abas ou sem? No primeiro caso, a vantagem é que o absorvente não fica “dançando” na calcinha. Algumas mulheres, porém, o consideram incômodo.

Cobertura suave ou seca? Os absorventes são feitos, basicamente, de algodão; assim, a textura deles (suave ou seca) se baseia no tecido que cobre o algodão. No caso da cobertura seca, a superfície é mais porosa, o que promete absorver com mais eficácia o fluxo.

Básico ou noturno? A diferença é basicamente o tamanho. O primeiro é menor, mais indicado para mulheres que têm fluxo normal ou moderado. Já o segundo, mais indicado para ser utilizado à noite ou por mulheres que têm fluxo intenso e se sentem mais “seguras” com ele.

Absorventes diários: bem finos, são indicados somente para mulheres com fluxo bem pequeno.

Absorventes internos: embora algumas mulheres relatem não sentirem nenhum desconforto quando usam esse tipo de absorvente, ele é indicado somente em casos de necessidade, como, por exemplo, numa ida à piscina ou à praia.

 

48. O que é a Síndrome do Choque Tóxico (SCT)?

Regina explica que este é um quadro de choque gravíssimo, causado pela presença de uma toxina produzida por uma bactéria do tipo Staphylococcus aureus. “Pode levar à morte em 8 a 15% dos casos”, diz.

 

Vale destacar que essa é uma bactéria que existe normalmente no corpo da mulher, porém, se ocorrer sua proliferação intensa, são produzidas as toxinas em excesso, que causam a SCT.

 

Embora existam outros fatores envolvidos nas causas desse problema raro, hoje, sabe-se que o uso prolongado de absorvente interno favorece essa multiplicação rápida da bactéria. Por isso reforça-se a importância de não usá-lo de forma exagerada.

 

Menopausa

49. O que é a menopausa e quando ela acontece?

Regina explica que menopausa é o período que se estabelece um ano após a última menstruação da mulher.

 

E o climatério é exatamente este tempo de transição que antecede a menopausa e representa a passagem da fase reprodutiva para a não reprodutiva da mulher. Isso porque o organismo deixa de produzir, gradativamente, os hormônios estrogênio e progesterona.

 

Edilson Ogeda ressalta que menopausa “é a falência ovariana na produção hormonal. Ocorre por volta dos 48 a 50 anos, na maioria dos casos”.

 

50. O que muda para a mulher quando ela chega na menopausa?

Regina destaca que muita coisa muda devido à redução na produção hormonal. “A menstruação cessa; a vagina fica seca; o cabelo e a pele, também. A mulher tem forte diminuição ou perda da libido. Tem fogachos (calores muitas vezes irremediáveis). O sono fica entrecortado, ela tem pesadelos, dorme mal, acorda várias vezes à noite e tem dificuldade para pegar no sono”, diz.

 

“Pode ter sintomas de depressão, já que a menopausa também coincide, muitas vezes, com o momento em que os filhos saem de casa para estudar ou para casamento, aparecendo a chamada ‘síndrome do ninho vazio’. Algumas chegam a ter também a dita ‘fibromialgia’ (dores por todo o corpo sem causa aparente)”, acrescenta a ginecologista.

 

Vale destacar que os sintomas, bem como a intensidade deles, variam bastante de mulher para mulher.

 

51. Toda mulher precisa fazer reposição hormonal?

Ogeda responde que não. “ Algumas mulheres podem e devem fazer. Outras podem; e outras não devem. Tudo depende da real necessidade, histórico pessoal de saúde e familiar, resultados dos exames e após a avaliação médica. Só desta forma, após estas etapas, é que se avalia a relação custo-benefício do tratamento hormonal”, diz.

 

Regina destaca que algumas mulheres têm os sintomas de forma leve; outras, por praticarem atividades físicas, terem vida regrada e alimentação muito saudável, nem têm os sintomas relacionados à menopausa.

“De qualquer forma, mesmo tendo os sintomas, a paciente é informada dos prós e contras da reposição hormonal e decide, em conjunto com o médico, se quer ou não fazer a reposição hormonal. É uma decisão pessoal de cada mulher, a não ser que ela tenha contraindicação absoluta para tal”, explica a ginecologista Regina.

 

52. Existe algum risco para a saúde por conta da menopausa precoce?

Sim, de acordo com Regina. “Todos os comemorativos da fase de menopausa acabam acontecendo numa mulher ainda bem jovem, inclusive com envelhecimento precoce de todos os órgãos, que aconteceriam de forma natural somente após 50 a 55 anos de idade”, destaca.

 

Gravidez

53. É possível ocorrer a menstruação sem ter ovulado?

Regina diz que sim. “É possível que haja sangramento por privação hormonal, como ocorre, por exemplo, em quem faz uso de anticoncepcionais hormonais cíclicos”, diz.

 

54. É possível engravidar durante a menstruação?

Só é possível, de acordo com Regina, se a menstruação não for verdadeira. “Pode ser sangramento por outros motivos e a mulher confundir-se achando que é menstruação, ou por causas físicas ou hormonais”, diz.

 

55. Grávidas podem menstruar?

Grávidas podem sangrar, conforme esclarece Regina. “Por exemplo, quando ocorre a implantação do embrião no útero, quando têm ameaças de abortamento, quando têm placenta prévia ou descolamentos marginais de placenta. Algumas vezes as mulheres confundem estes sangramentos com menstruação”, explica.

 

56. Depois de quanto tempo de atraso devo verificar a possibilidade de gravidez?

“Mesmo sem ter atraso, após cerca de 10 dias da relação sexual desprotegida, já é possível detectar a presença do hormônio da gravidez, a gonadotrofina coriônica humana, circulando pelo sangue materno. É o teste do Beta HCG sérico”, explica Regina.

 

Vale lembrar que existem dois tipos de testes mais conhecidos para se detectar a gravidez: o teste de farmácia, que é feito com a urina, pela própria mulher (em casa); e o exame de sangue, que é solicitado geralmente pelo médico e feito em laboratório.

 

No caso do teste de farmácia, realizá-lo precocemente, antes mesmo do atraso, pode ocasionar um “falso negativo”, isso porque, se realizado muito cedo, a concentração do hormônio ainda é tão baixa que se torna indetectável. Recomenda-se, de forma geral, esperar pelo menos 15 dias após o ato sexual para fazer este tipo de teste.

 

Mitos e verdades

57. É verdade que não se deve lavar o cabelo ou fazer depilação durante a menstruação?

Rogério Felizi, ginecologista da clínica Dr. Família, explica que lavar o cabelo não interfere no processo fisiológico da menstruação. Ou seja, este é um mito.

 

“Com relação à depilação, não existe contraindicações, porém, não se recomenda devido à necessidade de higiene adequada da região para realizar a depilação”, destaca o ginecologista.

 

58. É verdade que não se deve comer ovo durante a menstruação?

Felizi explica que este é mais um mito. “Durante o período menstrual a mulher perde muitos nutrientes e vitaminas, principalmente o ferro, portanto recomenda-se a ingestão de alimentos e líquidos de forma adequada. O ovo, por sua vez, contém grande quantidade de proteínas e gorduras, e pode normalmente ser ingerido durante a menstruação”, diz.

 

59. Chá de canela aumenta mesmo a cólica ou adianta a menstruação?

“Inúmeros chás, bebidas e alimentos podem interferir no fluxo menstrual e cólicas, porém, ainda não existe comprovação científica para este fato”, diz Felizi.

 

60. Andar de pés descalços aumenta a cólica?

“Algumas mulheres relatam sintomas de cólicas quando estão de pés descalços, porém, não existe explicação para este fato”, diz Felizi.

 

Em contrapartida, muitas relatam não sentirem nenhum incômodo ao andaram de pés descalços durante a menstruação.

 

61. Mulher menstruada não pode doar sangue?

Não pode, conforme explica Felizi. “Durante este período, a mulher perde sangue, nutrientes e minerais, e a doação de sangue concomitante à menstruação pode levar a quadros anêmicos e episódios de hipotensão, assim, não é recomendada”, diz.

 

62. É verdade que a mulher para de crescer após a menstruação?

“Após a menstruação, a velocidade de crescimento da mulher tende a diminuir devido ao fechamento das epífises de crescimento dos ossos longos”, destaca Felizi.

 

63. A menstruação não desce com a mulher estando com a cintura submersa (piscina, rio, mar)?

De fato, “durante a imersão, o fluxo menstrual tende a ser menor e, às vezes, parar temporariamente”, destaca Felizi.(Com Dicas de mulher)

 

 

 

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