A personagem viciada em sexo vê a relação sexual como uma prioridade, independente de onde estiver e com quem estiver.
Para esclarecer um pouco mais sobre o tabu que é a ninfomania, o site VilaMulher falou com a psicóloga especializada em sexualidade Juliana Bonetti Simão.
Confira a seguir as respostas de algumas dúvidas que pelo menos todo mundo já teve sobre o assunto:
1- Qual a diferença entre gostar de transar e ser ninfomaníaca?
Uma mulher que gosta de fazer sexo não necessariamente é ninfomaníaca. O problema é quando a mulher não consegue controlar os impulsos. Ninfomania é a necessidade inesgotável de ir em busca do prazer sexual sem com isso obter satisfação.
São comportamentos sexuais exagerados, que podem trazer sofrimento para pessoa, pois afeta as outras áreas da vida, como a familiar, profissional e amorosa, visto que, nem sempre os parceiros correspondem. Vindo o desejo a pessoa pode, por exemplo, sair no meio do expediente para buscar um parceiro e ter a relação, bem como a masturbação.
2- Uma pessoa ninfomaníaca alcança o prazer?
A ninfomania envolve a questão da busca do prazer sexual sem obter satisfação. Já a mulher que gosta de sexo e que pratica com muita frequência - independentemente da quantidade de parceiros - possuem mais desejo sexual e se satisfazem.
3- Como a ninfomania reflete na saúde?
A busca constante por sexo sem satisfação pode levar à extrema ansiedade, depressão, isolamento, dificuldades em se vincular.
4- Uma pessoa ninfomaníaca é capaz de amar?
Sim, por mais que às vezes questões afetivas estejam envolvidas no processo de eclosão da disfunção, isto não significa que não exista sentimento nestes indivíduos. Ou seja, uma coisa não interfere na outra.
5- Existe uma orientação sexual em que a ninfomania seja mais frequente?
Não.
6- A ninfomania interfere na saúde do relacionamento?
Na minha percepção clínica o indivíduo com o desejo sexual compulsivo mobiliza no seu parceiro (a) inibição do desejo sexual.
7- Quais os sintomas? Como melhorar?
Busca infindável por homens e por sexo sem conseguir satisfazer-se, masturbação excessiva, podendo provocar ferimentos na vagina, ansiedade, dependência e ausência de auto-controle. O tratamento é feito com a psicoterapia e, por vezes, medicamentos.
Por Thamirys Teixeira (Vila Mulher)