Isso porque cursos de capacitação são promovidos pela Cantuquiriguaçu e pelo SENAR, dê olho no futuro da atividade nos municípios. Até agora, 19 produtores candoianos foram qualificados.
Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Valdomiro Ivatiuk Júnior, os cursos de capacitação e as orientações técnicas representam mais uma maneira de assistir o pequeno agricultor. “Estamos nos dedicando para capacitar mais produtores rurais. Queremos estimular uma nova cadeia de produção no município. A piscicultura é mais uma alternativa de renda para a propriedade rural”, analisa.
Para o prefeito Gelson Costa (PT), esta qualificação é o principal ponto de partida para incentivar a piscicultura. “Nossa grande preocupação é dar condição para que o produtor possa aprender e trabalhar. A presença de um viveiro na propriedade rural é importante porque traz mais uma fonte de alimento para o produtor. Com o passar do tempo, essa atividade pode se tornar rentável”, diz o prefeito.
Valmor Antunes de Mello, de 62 anos, mantém um viveiro há mais de dez anos em sua propriedade, na comunidade Barra Mansa. Ele é um dos produtores rurais que participou recentemente da capacitação para a criação de peixes. Em pouco tempo, todo o aprendizado passou a ser colocado em prática e os resultados já podem ser vistos no tanque de tilápias e carpas cabeçuda. “A gente aprende bastante, são seis dias ouvindo sobre como vivem e como se criam os peixes. Foi um curso muito bom pra mim”, diz.
O piscicultor estima que a soltura dos peixes, no último mês de dezembro, represente hoje cerca de 7.500kg. O cardume está acomodado em 750 metros de lâmina de água e, com alimento de boa qualidade, cada peixe deve pesar, em média, 700 gramas. O peso é ideal para o consumo e, além disso, também pode ser comercializado para supermercados da cidade. “Agora tem que começar um novo ciclo para estar assim, de novo, na Páscoa do ano que vem”, prevê.
Critérios
É importante considerar que manter o viveiro em uma propriedade rural depende de alguns critérios. O primeiro passo é o diagnóstico do local, realizado pela Secretaria de Agricultura. Em seguida, vem a fase de aprovação do Instituto das Águas. O terceiro parecer é do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). “Um viveiro de 100m2 é suficiente para o consumo do próprio agricultor e sua família. A venda do peixe vai depender da demanda do mercado local”, alerta o técnico em agropecuária Milton Leal.
Por Assessoria
